Ibovespa sobe 15,4% e registra melhor semestre em quase 10 anos

A alta foi impulsionada pela entrada de mais de R$ 20 bilhões em capital estrangeiro e a desvalorização do dólar.

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Publicado em 30/06/2025 às 20:15h - Atualizado 9 horas atrás Publicado em 30/06/2025 às 20:15h Atualizado 9 horas atrás por Matheus Silva
O semestre foi marcado por fortes ganhos em ações de varejo, educação e tecnologia (Imagem: Shutterstock)

🚨 O Ibovespa, principal índice da B3 (B3SA3), encerrou o primeiro semestre de 2025 com uma valorização acumulada de 15,44%, no melhor desempenho semestral desde 2016.

A alta foi impulsionada pela entrada de mais de R$ 20 bilhões em capital estrangeiro, desvalorização do dólar e perspectiva de estabilidade monetária no Brasil.

O semestre foi marcado por fortes ganhos em ações de varejo, educação e tecnologia, além de um ambiente internacional mais favorável aos mercados emergentes.

A avaliação do Banco Inter indica que as incertezas em torno das políticas tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump, reabriram espaço para o Brasil no radar de alocação global.

Apesar disso, preocupações fiscais continuaram presentes ao longo do semestre. A tentativa do governo federal de elevar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre operações de câmbio, crédito corporativo e previdência privada gerou forte reação do Congresso, que acabou derrubando o decreto na última quarta-feira (25).

No campo da política monetária, o Copom manteve a Selic em 15% ao ano na última reunião, sinalizando o possível fim do ciclo de alta dos juros básicos.

Maiores altas do semestre

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Maiores quedas do semestre

O que esperar do Ibovespa no segundo semestre?

📈 De acordo com a pesquisa mais recente do Bank of America (BofA), cerca de dois terços dos gestores de fundos da América Latina projetam o Ibovespa acima dos 140 mil pontos até o fim de 2025.

A visão mais positiva é sustentada pela melhora nas expectativas de lucro das empresas e pela percepção de que o principal risco externo agora é um dólar mais forte, e não mais as tarifas dos EUA.

Além disso, o mercado já começa a precificar o cenário eleitoral de 2026, o que pode gerar volatilidade, mas também oportunidades em determinados setores.