21 ações que pagarão mais dividendos em 2025, segundo BTG Pactual
Veja a lista de companhias brasileiras que podem garantir uma boa renda passiva
🚨 O mês de junho começou, mas o clima de incerteza que dominou o mercado nos primeiros cinco meses do ano segue firme.
Nesta segunda-feira (2), o Ibovespa acumulou sua quarta queda consecutiva, recuando 0,18% e encerrando o pregão aos 136.786,65 pontos — uma baixa de 239,97 pontos.
O dólar comercial acompanhou o movimento, mas em sentido contrário, caindo 0,75% e fechando a R$ 5,675. Já os juros futuros (DIs) avançaram em toda a curva, refletindo a cautela dos investidores.
No cenário internacional, o velho fantasma das disputas comerciais voltou a assombrar. Na sexta-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a elevação das tarifas sobre a importação de aço de 25% para 50%.
A resposta da União Europeia foi rápida, com ameaças de retaliação que intensificaram os temores de uma escalada protecionista.
Com isso, as bolsas europeias terminaram majoritariamente em queda. Em Nova York, o clima também era de apreensão, até que surgiu a informação de que Trump e o presidente chinês Xi Jinping poderiam retomar o diálogo ainda nesta semana.
A notícia trouxe algum alívio, permitindo uma virada positiva nos mercados americanos. O Dow Jones fechou em alta, ainda que de forma tímida, enquanto investidores seguem monitorando o compasso de espera do Federal Reserve (Fed) sobre o próximo passo da política monetária.
➡️ Leia mais:Petrobras, Banco do Brasil, Itaú e mais; confira o calendário de dividendos de junho
No Brasil, além da influência externa, o cenário fiscal interno voltou a pesar. A equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, corre para revisar a proposta de aumento do IOF, após forte reação negativa do Congresso e do mercado financeiro.
Enquanto isso, a diretora do BNDES alertou que o atual nível da Selic já está atrasando investimentos em infraestrutura, gerando preocupações adicionais sobre o crescimento econômico.
Apesar disso, o Boletim Focus do Banco Central trouxe umaboa notícia: nova revisão para baixo nas projeções de inflação para 2025, sinalizando que, pelo menos na frente dos preços, o cenário segue sob controle.
Entre as ações, Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) tentaram dar fôlego ao índice. A mineradora subiu 0,88%, impulsionada pela alta do minério de ferro, enquanto a Petrobras avançou 0,58% após anunciar, pela primeira vez em mais de um ano, um corte nos preços da gasolina.
O movimento foi bem recebido pelo mercado, ainda mais em um dia de valorização do petróleo internacional.
Nas chamadas "petro juniors", destaque para PRIO (PRIO3), que ganhou 2,03%, acompanhando o bom humor do setor de óleo e gás.
Outro destaque positivo veio da Gerdau (GGBR4), que saltou 5,05% após o anúncio das novas tarifas sobre o aço nos EUA.
Segundo o Bradesco BBI, o impacto positivo para a Gerdau pode ser limitado — já que a empresa atua em um segmento menos exposto às importações —, mas o mercado preferiu focar nos potenciais ganhos de preço no mercado doméstico.
Por outro lado, CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) tiveram leve queda, de 0,12% e 0,38%, respectivamente.
Entretanto, o peso dos bancos foi decisivo para manter o índice no vermelho. Banco do Brasil (BBAS3) recuou 0,60%, em linha com a tendência de baixa no setor, enquanto Bradesco (BBDC4) conseguiu leve alta de 0,25%.
No setor de carnes, os frigoríficos ficaram mistos, com JBS (JBSS3) subindo 0,22% após volatilidade no dia.
Entre as companhias aéreas, Azul (AZUL4), que recentemente entrou em recuperação judicial nos EUA, avançou 1,11%, enquanto Gol (GOLL4), que caminha para concluir sua reestruturação, subiu 1,36%.
➡️ Leia mais: Banco do Brasil (BBAS3) sob pressão: XP vê aumento de riscos e rebaixa recomendação
Na terça-feira (3), o destaque da agenda doméstica é a divulgação da produção industrial de abril. Nos Estados Unidos, começa a rodada de dados do mercado de trabalho com o relatório JOLTs, culminando com o aguardado Payroll na sexta-feira (7), que poderá dar pistas sobre a trajetória dos juros americanos.
Na Europa, o foco estará nos números de inflação e na taxa de desemprego da zona do euro, além da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira (6), que pode anunciar o primeiro corte de juros desde a escalada inflacionária pós-pandemia.
📆 Apesar dos primeiros passos positivos de algumas blue chips, o humor dos investidores permanece cauteloso e dependente de sinais mais claros, tanto na frente doméstica quanto internacional. O mês começou, mas a incerteza segue como a tônica do mercado.
Veja a lista de companhias brasileiras que podem garantir uma boa renda passiva
Saiba quais classes de investimentos são destaques positivos no mês e quais deram dor de cabeça aos investidores