Como Prio (PRIO3) pode triplicar investimento a partir de renda fixa?

Investidor10 calcula a rentabilidade das debêntures incentivadas da petroleira, recomendadas por analistas.

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Publicado em 17/06/2025 às 21:26h - Atualizado 5 horas atrás Publicado em 17/06/2025 às 21:26h Atualizado 5 horas atrás por Lucas Simões
BTG Pactual gosta das debêntures PEJA22, após compra do campo Peregrino (Imagem: Divulgação)

🗣️ As ações de petroleiras estão na boca dos investidores mais do que nunca diante do conflito armado entre Israel e Irã, e há formas de obter bons lucros no setor para além de se tornar sócio das empresas, como, por exemplo, emprestando dinheiro às companhias por meio de títulos de renda fixa. No caso, as debêntures incentivadas emitidas pela Prio (PRIO3) podem triplicar o dinheiro aplicado pelos investidores até o vencimento.

Essa petroleira júnior é uma concorrente da Petrobras (PETR4), ao também explorar petróleo em alto mar. Enquanto a estatal é conhecida por pagar chamativos dividendos, PRIO3 é uma das companhias listadas na bolsa brasileira que mais se valorizou na década passada, com acionistas acumulando lucro de +9.631% nos últimos 10 anos, apesar da companhia não distribuir proventos diretamente.

Mas, como retorno passado não é garantia de retorno futuro, as debêntures incentivadas da Prio, sem cobrança de imposto de renda, oferecem maior previsibilidade de quanto o investidor poderá ganhar caso tope emprestar dinheiro à petroleira, na modalidade indexada à inflação (IPCA+), mesmo sem a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

A ferramenta do Investidor10 que acompanha os investimentos de renda fixa mostra que os títulos de dívida da petroleira, sob código PEJA22, podem transformar uma aplicação de R$ 1 mil no montante de R$ 2.972,32 nos próximos 104 meses, caso o debenturista carregue o investimento até o vencimento no dia 15 de fevereiro de 2034.

Por sua vez, a simulação também aponta que um CDB (Certificado de Depósito Bancário) oferecendo taxa de 100% do CDI retornaria R$ 2.506,42 nas mesmas condições, já que está sujeito à cobrança de imposto de renda com alíquota de 15% com base nas regras atuais.

➡️ Leia mais: Copel (CPLE6) paga R$ 76,62 por cada título de renda fixa; veja condições

Por que a renda fixa da PRIO3 é atrativa?

Os analistas do BTG Pactual, em relatório publicado em junho, estão de olho nos títulos de renda fixa emitidos pela Prio, em grande medida, por conta da empresa brasileira ter comprado no início de maio a totalidade do campo exploratório de petróleo, apelidado Peregrino, na Bacia de Campos, das mãos da companhia norueguesa Equinor (EQNR).

"Vemos um prêmio de crédito atrativo em PEJA22, considerando a liderança da Prio no setor petrolífero entre os produtores independentes, com endividamento baixo na comparação com seus pares e maior diversificação de portfólio", destacam os especialistas Frederico Khouri e Fernando Revers, em relatório.

💰 A companhia já havia comprado uma participação de 40% do campo em setembro de 2024, em um negócio firmado com a SPEP Energy Hong Kong Limited e a Sinochem International Oil. Agora, vai pagar até US$ 3,35 bilhões pelos 60% restantes, que eram da Equinor.

O negócio deve impulsionar a produção de petróleo da Prio. Afinal, o campo de Peregrino tem capacidade para produzir 100 mil barris de petróleo por dia de petróleo. No primeiro trimestre de 2025, por exemplo, a Prio produziu um total de 109,29 mil barris de óleo equivalente por dia, sendo 38,24 mil provenientes de Peregrino. Já a Equinor produziu 55 mil barris por dia no campo.

Por outro lado, o BTG Pactual não esconde que os debenturistas da Prio estarão expostos à volatilidade dos preços de petróleo no mercado internacional, além dos riscos da expansão acelerada da petroleira júnior em seu modelo de negócio baseado em aquisições de novos ativos produtivos, sujeitos à regulação.

🛢️ Debênture PetroRio IPCA+ 7,20% ao ano

  • Taxa de rentabilidade: 12,90% ao ano (líquido)
  • Investimento mínimo: R$ 1.041,23
  • Risco Financeiro: Médio
  • Rendimento líquido após 104 meses: R$ 2.972,32
  • Quanto renderia um CDB pagando 100% do CDI ao ano: R$ 2.506,42
  • Prazo de vencimento: dia 15 de fevereiro de 2034
  • Liquidez: Somente no vencimento
  • Onde encontrar: Banco Inter (INBR32)
  • Tem proteção do FGC: Não
  • Observação: Este ativo de renda fixa pode não estar disponível para novos investimentos. Para confirmar, contate a sua corretora