Chuvas no Rio Grande do Sul: Veja empresas que retomaram atividades

Braskem está em processo de retomada e Renner ainda tem lojas fechadas, mas outras companhias já normalizaram operações.

Author
Publicado em 25/05/2024 às 12:01h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 25/05/2024 às 12:01h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
Chuvas afetaram mais de 450 cidades do Rio Grande do Sul (Agência Brasil)

Com a descida do nível das águas no Rio Grande do Sul, a população e também as empresas tentam retomar as suas atividades na região. Boa parte das companhias listadas em bolsa que paralisaram as operações no início das chuvas, por exemplo, já voltou a funcionar.

Gerdau (GGBR4), Marcopolo (POMO4) e Taurus (TASA4), por exemplo, suspenderam a produção no Rio Grande do Sul no início de maio, mas informaram ao Investidor10 que as fábricas já estão operando normalmente. A BRF (BRFS3) também já havia retomado as operações.

🏭 Já a Bunge (BG) comunicou que as operações de esmagamento de soja seriam retomadas até este fim de semana. A Braskem (BRKM5), por sua vez, está em processo de retomada.

A Braskem anunciou em 7 de maio uma parada programada das plantas do Polo Petroquímico de Triunfo, que representa cerca de 30% da sua capacidade de produção de eteno no Brasil. Mas, na última terça-feira (21), comunicou a retomada gradual das operações. O processo deve levar 15 dias, "se as condições climáticas e de logística permanecerem estabilizadas".

As companhias aéreas também se preparam para voltar a voar para o Rio Grande do Sul, já que o governo autorizou voos comerciais para a Base Aérea de Canoas. Gol (GOLL4), Azul (AZUL4) e Latam terão voos para Canoas a partir de 1º de junho, enquanto o aeroporto de Porto Alegre segue fechado.

Leia também: Chuvas no RS podem afetar expectativas de inflação, diz presidente do BC

Varejo

A Renner (LREN3) precisou fechar 4% das suas lojas no auge da tragédia. Porém, disse que apenas 1% das unidades segue sem funcionar. O restante das lojas afetadas pelas chuvas reabriu as portas, com equipe e horário reduzidos.

A Iguatemi (IGTI11) reabriu na última quarta-feira (22) o Praia de Belas Shopping Center, em Porto Alegre. O subsolo do shopping, contudo, segue fechado para manutenção e as lojas estão autorizadas a operar em horário flexível, de acordo com a disponibilidade das equipes e capacidade operacional de cada lojista.

🛍️ Já a Multiplan (MULT3) comunicou a normalização do ParkShopping Canoas em 12 de maio, cinco dias depois de a operação ter sido suspensa parcialmente.

A Três Tentos (TTEN3) não teve sua produção afetada pelas chuvas, mas fechou temporariamente duas unidades comerciais por causa de acúmulos de água e já retomou as operações.

Algumas lojas da Dimed (PNVL3) também ficaram alagadas, mas a empresa disse que as vendas foram compensadas por outros estabelecimentos comerciais.

Logística

A Dimed paralisou o centro de distribuição de Eldorado, que ficou inacessível por causa das aulas. Porém, disse que toda a logística foi compensada pelo centro de distribuição de São José dos Pinhais, no Paraná.

Já a Rumo (RAIL) retomou as operações do corredor de escoamento de grãos no Rio Grande do Sul nos trechos entre Cruz Alta e Rio Grande. Contudo, ressaltou que, "somente após a avaliação de todos os pontos críticos, será possível implementar as ações necessárias para a retomada completa da circulação dos trens em toda a operação".

Impacto

O custo das enchentes no Rio Grande do Sul ainda não está claro para muitos. Contudo, algumas empresas disseram que foi possível reduzir os danos.

A Taurus, por exemplo, chegou a paralisar as atividades fabris por uma semana, de 6 a 13 de maio, mas não projeta impactos na receita.

A fabricante de armas explicou que opera com um estoque estratégico nos Estados Unidos e que as operações no Rio Grande do Sul já operam "muito próximo ao planejado, respeitando a situação dos colaboradores afetados pelas enchentes direta ou indiretamente".

Já a Marcopolo não teve problemas de abastecimento de matérias-primas e componentes e segue atenta a essa logística para garantir que a produção siga normalmente.

A Renner destacou que não tem centros de distribuição no Rio Grande do Sul e disse que o impacto de fornecimento dos parceiros foi "imaterial".