21 ações que pagarão mais dividendos em 2025, segundo BTG Pactual
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Ao adotar uma abordagem mais conservadora e ajustar as projeções pelo risco, considerando a volatilidade histórica dos ativos, os analistas identificaram uma redução no número de ações com potencial de superar o retorno da renda fixa.
Nesse cenário ajustado, 31 ações ainda se mostram capazes de entregar retorno real superior ao das NTN B.
Entre os setores, educação aparece com retorno real ajustado estimado de 7,7% ao ano, enquanto o agronegócio apresenta retorno próximo de 7,5%.
O banco ressalta que os rendimentos atuais das NTN-B estão próximos de suas máximas históricas e entre os mais elevados globalmente, um nível que, segundo os analistas, tende a não se sustentar por um período prolongado.
O estudo também segmentou as ações em dois grupos com base no valor de mercado. O primeiro reúne empresas com capitalização superior a US$ 1 bilhão, cerca de R$ 5 bilhões, classificadas como empresas de grande capitalização.
Esse grupo, denominado pelo banco como empresas de grande capitalização melhores que títulos, superou o Ibovespa (IBOV) em 12,0 p.p. no acumulado do ano.
O segundo grupo contempla empresas com capitalização inferior a US$ 1 bilhão, classificadas como empresas de menor capitalização melhores que títulos.
Essas companhias apresentaram desempenho inferior ao Índice Bovespa de Small Caps em 3,0 p.p. no mesmo período.
Na comparação entre as duas cestas, as ações de grande capitalização dominaram o desempenho, superando as Small Caps em aproximadamente 30 p.p. ao longo de 2025.
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Na avaliação do Bradesco BBI, o número de ações com retorno superior à renda fixa tende a aumentar de forma significativa caso os rendimentos das NTN-B recuem.
Esse movimento é considerado provável no primeiro semestre de 2026, à medida que a taxa Selic passe a ser reduzida a partir de janeiro e as discussões sobre reformas fiscais avancem.
Segundo os analistas, o Brasil segue como principal indicação na América Latina, diante da expectativa de antecipação dos efeitos do ciclo de afrouxamento monetário e do cenário eleitoral.
O estudo destaca que as taxas de juros exercem um papel triplo sobre as ações. Elas definem um retorno mínimo elevado para novos investimentos no nível atual, influenciam diretamente o custo de capital próprio e, historicamente, a direção das taxas tem impacto tão relevante quanto o próprio patamar.
O banco também aponta que investidores estrangeiros foram compradores líquidos de ações brasileiras ao longo de 2025, somando cerca de R$ 20 bilhões, embora esse fluxo tenha sido compensado por saídas de investidores locais.
Com o início do ciclo de queda dos juros, os analistas esperam uma reversão desse movimento, com retorno do investidor doméstico à bolsa.
Em um cenário que considera juros reais de 5%, a análise do Bradesco BBI indica um potencial de valorização de cerca de 20% para o Índice Bovespa.
O banco afirma que adicionou risco ao seu posicionamento mais ofensivo por meio de ações sensíveis às taxas de juros e ao mercado de capitais, como Localiza (RENT3), Assaí (ASAI3), Allos (ALOS3), BTG Pactual (BPAC11) e Sabesp (SBSP3), conforme detalhado no relatório.
📊 Confira as 15 large caps escolhidas pelos analistas do banco:
| Ação | Código | Retorno real (%) | Retorno ajustado (%) |
| Axia Energia | AXIA3 | 10,2 | 8,2 |
| Banco do Brasil | BBAS3 | 15,2 | 11,7 |
| JBS NV | JBSS32 | 26,4 | 20,2 |
| XP Inc | XPBR31 | 30,9 | 16,4 |
| Gerdau | GGBR4 | 7,9 | 6,8 |
| Energisa | ENGI11 | 21,7 | 15,9 |
| Stone | STNE | 35,7 | 14,6 |
| Inter & Co | INTR | 29,0 | 18,2 |
| Transm. Alian-Uni | TAEE11 | 14,6 | 11,4 |
| Cyrela | CYRE3 | 9,6 | 7.8 |
| Grupo Mateus | GMAT3 | 15,1 | 9,1 |
| SLC Agrícola | SLCE3 | 9,1 | 7,4 |
| HapVida | HAPV3 | 34,0 | 13,9 |
| Brava Energia | BRAV3 | 11,5 | 9,5 |
| Azzas | AZZA3 | 18,7 | 9,8 |
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