Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) levam protagonismo em pontas opostas

Com Vale envolta em polêmicas, Ibovespa subiu sustentado pela Petrobras. Dólar caiu

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Publicado em 25/01/2024 às 19:33h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 25/01/2024 às 19:33h Atualizado 3 meses atrás por Jennifer Neves
Bolsa de valores - Shutterstock

🏦 O Ibovespa, principal índice acionário da B3 (B3SA3), fechou esta quinta-feira em alta de 0,28% aos 128.168,73 pontos e com volume negociado de R$ 19 bilhões. Já o dólar caiu 0,19%, a R$ 4,92. Os principais assuntos do dia no mercado foram Vale (VALE3), que esteve entre as maiores baixas, e Petrobras (PETR4), que teve protagonismo positivo. 

Vale

Durante a tarde, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, defendeu a indicação do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao conselho de administração da mineradora. “Poucos brasileiros são tão qualificados quanto Guido Mantega para integrar o Conselho da Vale”, afirmou em publicação no X, antigo Twitter. 

Além disso, a empresa, junto com a mineradora BHP e a Samarco, foram condenadas pela Justiça a pagar R$ 47,6 bilhões de indenização por danos morais coletivos causados pelo rompimento da barragem de Mariana (MG). No entanto, a Vale informou ao mercado que não foi notificada sobre a decisão judicial. 

Confira: Vale (VALE3) alega que não foi comunicada sobre decisão judicial

Os acontecimentos, portanto, fizeram as ações da empresa despencar. A ação da Vale caiu 2,2% nesta quinta-feira (25), a R$ 68,36.

Petrobras 

Na contramão, Petrobras bateu recorde em valor de mercado, aos R$ 525,6 bilhões na B3. O valor ultrapassou o recorde anterior de R$ 525 bilhões alcançado em outubro do último ano. O acontecimento antecede em um dia o aniversário da posse do atual presidente da companhia, Jean Paul Prates, responsável por mudanças significativas. 

Além disso, a escalada das ações da empresa acompanha a alta do petróleo. O petróleo do tipo Brent passou dos US$ 80 por barril, alta de quase 2%. Papéis PETR3 (+4,64%) e PETR4 (3,70%) ficaram na quarta e quinta posições de maiores altas do dia, respectivamente. 

Veja as maiores altas do dia:

Maiores baixas:

Cenário externo

No exterior, os principais acontecimentos do dia estiveram relacionados aos indicadores nos Estados Unidos. A economia do país registrou um crescimento de 3,3% no quarto trimestre de 2023, superando as expectativas.

Paralelamente, o índice de gastos com consumo pessoal (PCE), utilizado pelo Federal Reserve (Fed) - o banco central americano - como referência de inflação, apresentou uma desaceleração entre setembro e dezembro do ano passado. Esses indicadores foram acompanhados pelo relatório semanal de auxílio-desemprego, que também surpreendeu positivamente.

Diante desse panorama, o mercado passou a apostar mais fortemente em um possível primeiro corte nos juros da maior economia do mundo em maio. Além disso, houve uma retomada na precificação de uma redução de 0,75 ponto percentual ao longo de 2024, com a faixa de juros final entre 3,75% e 4,00% ao ano.

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Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) optou por manter os juros inalterados pela terceira vez consecutiva e deixou a possibilidade em aberto para um eventual afrouxamento monetário a partir de junho.

O dólar e o euro caíram 0,19% e 0,65% frente ao real na sessão, atingindo os R$ 4,92 e R$ 5,34, respectivamente.

Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 0,53%, 0,64%, 0,18%, respectivamente.