Petrobras (PETR4) apresenta novo plano de negócios hoje: O que esperar?
Com petróleo em baixa, expectativa é de contenção de custos e ligeiro corte nos investimentos.
As empresas listadas na B3 pagaram mais de R$ 222 bilhões em dividendos nos nove primeiros meses de 2025.
O valor é 6,3% maior que o do mesmo período de 2024, quando os proventos somaram R$ 209 bilhões, segundo dados da Elos Ayta Consultoria.
💰 Mais uma vez, os pagamentos foram puxados pela Petrobras (PETR4) e pelos bancos, além da Vale (VALE3).
Só a Petrobras distribuiu mais de R$ 37,3 bilhões para os seus acionistas entre janeiro e setembro de 2025. Isto é, mais de 15% de todos os proventos pagos pelas empresas listadas na bolsa neste ano.
Já os dividendos do Itaú (ITUB4) passaram de R$ 28,2 bilhões e os da Vale alcançaram R$ 19,4 bilhões.
Mas outros nomes também se destacaram. Axia Energia (AXIA3) e MBRF (MBRF3), por exemplo, aceleraram a distribuição de proventos nos últimos meses.
Já a Ambev (ABEV3) exibiu uma distribuição recorrente de mais de R$ 1 bilhão por trimestre.
De acordo com o levantamento da Elos Ayta Consultoria, 13 empresas listadas na B3 distribuíram mais de R$ 3 bilhões em dividendos e JCP (Juros sobre Capital Próprio) nos nove primeiros meses de 2025. Confira:
CEO da Elos Ayta Consultoria, Einar Rivero disse que a lista revela um padrão recorrente nos ciclos de remuneração de acionistas no Brasil.
Isto é: "O protagonismo de setores tradicionais, com caixa robusto, previsibilidade operacional e capacidade de atravessar cenários de juros altos ou economia mais fria sem comprometer sua política de distribuição".
O pagamento de dividendos acelerou nos últimos meses, em meio à apresentação de resultados sólidos pelas empresas brasileiras.
No terceiro trimestre, por exemplo, 20 companhias lucraram mais de R$ 1 bilhão, segundo a Elos Ayta Consultoria.
💲 Agora, a expectativa é de que os anúncios de novos proventos sigam em ritmo acelerado nesta reta final do ano, mas por outro motivo: a volta da taxação dos dividendos.
Uma lei sancionada nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estabelece que os dividendos superiores a R$ 50 mil por mês estarão sujeitos a uma taxação de 10% a partir de 2026.
A cobrança vai ajudar a cobrir o custo da ampliação da faixa de isenção do IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5 mil, uma promessa de campanha de Lula.
O texto permite, contudo, os dividendos aprovados até 31 de dezembro de 2025 fiquem livres do imposto, mesmo se forem efetivamente pagos até 2028.
Por isso, algumas empresas têm discutido a possibilidade de antecipar o pagamento de dividendos para este ano para escapar da taxação.
Com petróleo em baixa, expectativa é de contenção de custos e ligeiro corte nos investimentos.
"Moçambique não tem uma expertise para explorar, a Petrobras tem", disse Lula.