🎁 No Dia das Crianças, o comércio brasileiro registra um dos períodos mais aquecidos do ano, e a B3 acompanha de perto o desempenho das empresas ligadas ao consumo. Com a data movimentando o varejo, o mercado volta suas atenções para os setores que tradicionalmente se beneficiam: varejo, brinquedos, e-commerce e shopping centers.
Na B3, analistas destacam que o aumento de vendas em outubro tende a impulsionar papéis de companhias voltadas ao consumo infantil e às compras online. Segundo Lucas Uhlig, contribuidor do TradersClub, “as empresas que mais devem se beneficiar são as ligadas a produtos varejistas infantis”.
Entre os nomes que podem sentir o impacto positivo, Uhlig aponta o
Mercado Livre (MELI34), “por ter melhores preços e variedade quase infinita de produtos”, além de
Magazine Luiza (MGLU3) e
Amazon (AMZO34), que também podem apresentar crescimento nas vendas devido às suas operações de marketplace.
🛍️ O analista lembra ainda que, apesar da liquidez reduzida na Bolsa, a
Americanas (AMER3) vem mostrando recuperação nas lojas físicas e pode aproveitar o período por conta do amplo mix de produtos. Outro destaque são as empresas do setor de shoppings: “
Allos (ALOS3),
Multiplan (MULT3) e Iguatemi são os nomes mais importantes listados na bolsa brasileira e que podem ver um pico de fluxo neste período”, completou.
Lembrando que o Dia das Crianças, ao lado do Natal e da Black Friday, compõe o calendário de alta sazonalidade do varejo. Empresas como
Arezzo (AZZA3), Ri Happy, Grupo Soma e administradoras de shoppings frequentemente registram aumento de fluxo e receita no período. Isso pode gerar movimentos positivos nas ações, sobretudo quando o mercado antecipa bons resultados trimestrais.
Em uma comparação com os EUA, Marcos Calil, professor de economia da Strong Business School, lembra que o investidor brasileiro ainda reage de forma pontual a essas datas, mas o comportamento tende a se consolidar à medida que o mercado amadurece.
👀 “Essas datas criam um ambiente de otimismo e expectativa de consumo que, mesmo que breve, influencia a percepção de risco e pode levar a pequenos repiques nas ações de varejo e e-commerce. É um movimento mais psicológico do que estrutural”, explicou.
Para o analista, o Dia das Crianças pode sim oferecer oportunidades para empresas da B3 ligadas ao consumo infantil e ao varejo digital. No entanto, reforça que “o investidor deve encarar o fenômeno como algo sazonal, não estrutural”.