Petrobras (PETR4) diz que estuda oportunidades em todos os segmentos de energia
A empresa também disse que não há nenhum estudo para voltar ao setor de distribuição por meio de um projeto greenfield.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, espera que a Petrobras (PETR4) reduza novamente os preços dos combustíveis, caso o barril do petróleo sig rondando os US$ 70.
⛽ "Espero que a empresa ainda reduza mais os preços dos combustíveis. É a minha expectativa, se nós continuarmos com o Brent nos níveis que estão hoje", disse Silveira, em entrevista ao "Valor Econômico".
O ministro reconheceu que o momento é de "muita instabilidade" no mercado de petróleo, devido ao impacto das guerras e das tarifas americanas nos preços da commodity.
Contudo, acredita que esse movimento não deve afetar a Petrobras. Além disso, Silveira lembrou que o governo tenta minimizar o impacto dessas oscilações no bolso do consumidor.
"É um momento realmente sensível dessas oscilações. Estamos fazendo tudo o que é possível, por parte do governo, para minimizar os impactos e conseguir manter os níveis de preços de combustíveis na bomba", declarou.
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📉 A Petrobras já diminuiu o preço do diesel vendido nas suas refinarias três vezes neste ano. Juntos, os cortes representam uma redução de R$ 0,45 por litro. Além disso, reduziu o preço da gasolina em R$ 0,17 por litro no início de junho, depois de quase um ano sem mexer no preço do combustível.
A diretoria da estatal discute o preço dos combustíveis a cada 15 dias, segundo a CEO da Petrobras, Magda Chambriard. Pesam na conta a cotação internacional do petróleo, o dólar e também referências do mercado doméstico. Afinal, a companhia acabou com a PPI (Política de Preço de Paridade de Importação) no início deste governo Lula (PT), para dar mais estabilidade aos preços dos combustíveis no Brasil.
Em outras ocasiões, a CEO da Petrobras reconheceu que a queda dos preços do petróleo favorece o corte dos preços dos combustíveis. Contudo, observou que o movimento também ameaça a geração de receitas. Por isso, exige "austeridade" da empresa.
Em maio, o diretor financeiro da Petrobras, Fernando Melgarejo, disse até que a queda do petróleo diminui as chances de a companhia pagar dividendos extraordinários neste ano.
Na entrevista ao "Valor Econômico", o ministro Alexandre Silveira disse ainda que o processo de licenciamento da Margem Equatorial parece ter avançado.
O Ibama aprovou o plano de proteção e atendimento à fauna apresentado pela Petrobras para a Foz do Amazonas em maio. Agora, a companhia deve realizar uma simulação para testar a sua capacidade de resposta em caso de acidentes com derramamento de óleo.
"Se ele [Ibama] pediu as simulações, já deu uma sinalização clara que entendeu a importância de licenciar e do Brasil poder conhecer o potencial e de poder pesquisar na região. Agora está dependendo de a Petrobras entregar o resultado das simulações", afirmou Silveira.
A empresa também disse que não há nenhum estudo para voltar ao setor de distribuição por meio de um projeto greenfield.
Nos bastidores da política, já se ventilava estudo para limitar remessa de dividendos de companhias americanas.