Enquanto o Ibovespa sobe 15% e acumula novos recordes, duas gigantes da bolsa brasileira estão caindo mais de 10% no ano: Petrobras (PETR4) e Weg (WEGE3).
📉 As ações da estatal e da fabricante de motores elétricos ainda apresentam uma liquidez ligeiramente menor à observada no final de 2024, segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria.
O movimento contrasta com o que vem acontecendo com empresas como Bradesco (BBDC4), Smart Fit (SMFT3) e Lojas Renner (LREN3), que estão em alta e já registram um volume financeiro médio diário de negociação superior ao do ano passado.
Segundo especialistas, a explicação para tal está, sobretudo, na nova política tarifária dos Estados Unidos.
Responsável pela mesa de renda variável da Convexa Investimentos, João Vitor Saccardo lembrou que investidores estrangeiros estão apostando mais em mercados emergentes, como o Brasil, diante das incertezas trazidas pela guerra comercial. Contudo, observou que, por aqui, a preferência tem sido por empresas ligadas à economia doméstica, mais sensíveis a juros.
"Muitas dessas empresas apresentaram resultados acima das expectativas no primeiro trimestre de 2025. Isso desencadeou um bom desempenho de boa parte dos papeis", explicou Saccardo, citando o caso dos bancos, das fornecedoras de serviços básicos e educação.
⛽ Por outro lado, empresas ligadas a commodities, sobretudo ao petróleo, vêm cambaleando na bolsa. Afinal, os preços internacionais do petróleo despencaram diante da guerra comercial e do aumento da produção da Opep+.
"A Petrobras é prejudicada, porque gera menos caixa nesse cenário. Então, o interesse dos investidores acabou diminuindo, inclusive com alguns bancos recomendando 'neutro' para o papel", comento o especialista da Convexa Investimentos.
Com a queda dos preços do petróleo, a estatal já avalia um novo reajuste dos combustíveis. Além disso, reconheceu que esse movimento pode atrapalhar a geração de receitas e até o pagamento de dividendos extraordinários. Por isso, prometeu controlar os custos nos próximos meses.
🏭 No caso da Weg, o temor é de que a guerra comercial provoque uma desaceleração da economia americana e, dessa forma, reduza a demanda pelos produtos da companhia brasileira.
"A Weg é muito exposta ao mercado americano. Então, pode ter uma demanda menor daqui para a frente. Além disso, diferente de outras empresas, a Weg apresentou um resultado abaixo das expectativas no primeiro trimestre. Por isso, há um interesse menor dos investidores", lembrou Saccardo.
Dentre as 20 ações mais negociadas da bolsa brasileira, só outras duas estão caindo em 2025: Prio (PRIO3) e Suzano (SUZB3).
A conclusão é de um levantamento da Elos Ayta Consultoria, que revelou também a "ascensão" de duas small caps para o grupo das ações mais líquidas da B3. Veja aqui o ranking.
CEO da Elos Ayta Consultoria, Einar Rivero comentou que a Prio é afetada pelos mesmos problemas da Petrobras.
Já a Suzano, assim como a Weg, sofre com "o ambiente macro global e a pressão sobre margens industriais".
Veja o desempenho dessas ações em 2025, até 29 de maio:
A estatal solicita a realização da vistoria da sonda que será utilizada na perfuração ainda na próxima semana.
O final do campeonato acontece neste sábado (21), no Allianz Arena, em Munique.
