Petrobras (PETR4) recupera valor de mercado pré-crise dos dividendos
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
Em meio à crise dos dividendos extraordinários, a Petrobras (PETR4) lembrou nesta quarta-feira (13) que pagará no próximo dia 20 de março a segunda parcela dos proventos aprovados em novembro de 2023.
💲 A companhia também atualizou o valor por ação que será pago aos acionistas. O valor anunciado em 9 de novembro era de R$ 0,672182 por ação e já havia sido atualizado naquele mesmo mês para R$ 0,6726735. Agora, com a correção pela taxa Selic até o dia do pagamento, passou para R$ 0,68864344 por ação.
Em novembro de 2023, a Petrobras aprovou a distribuição de R$ 17,5 bilhões em dividendos e JCP (Juros sobre Capital Próprio). A primeira parcela foi paga no dia 20 de fevereiro, no valor bruto de R$ 0,672674 por ação, sendo R$ 0,2432872 em dividendos e R$ 0,4293868 em JCP. Já a segunda parcela será paga na próxima quarta-feira (20), inteiramente sob a forma de dividendos.
Conforme anunciado anteriormente, terão direito ao provento quem era acionista da empresa no final do dia 21 de novembro de 2023. As ações da companhia são negociadas na condição de ex-dividendos desde 24 de novembro.
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O mercado esperava que a Petrobras anunciasse o pagamento de dividendos extraordinários na última quinta-feira (7), junto com os resultados de 2023. A companhia, no entanto, decidiu reter os R$ 43,9 bilhões de lucro excedente em uma reserva de capital.
📉 A decisão derrubou as ações da empresa em mais de 10% na última sexta-feira (8), fazendo a companhia perder R$ 55,3 bilhões em valor de mercado em apenas um dia. E segue cambaleando na B3 desde então. Nesta quarta-feira (13), por exemplo, caiu cerca de 1%.
O novo baque foi registrado diante da possibilidade de que a companhia crie um fundo para receber dividendos extraordinários voltados a investimentos. Os R$ 43,9 bilhões que foram retidos na semana passada, por exemplo, estão em uma reserva voltada exclusivamente ao pagamento de dividendos e, por isso, não poderiam ser investidos pela empresa.
A possibilidade de um novo fundo teria sido discutida na reunião realizada entre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates; o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT); e os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) na segunda-feira (11). Seria uma forma de ampliar os investimentos da empresa, como Lula deseja.
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
Se ingressarem nos cofres do governo, os recursos contribuirão para compensar frustrações de receitas.