O Conselho de Administração da Petrobras (PETR4) aprovou o retorno da estatal à distribuição de gás de cozinha. A medida ocorre quase seis anos após a privatização da Liquigás e marca a volta da empresa à comercialização de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo).
💰 Segundo comunicado ao mercado, o Conselho da Petrobras aprovou, sem apresentar mais informações, a estratégia de “atuar na distribuição de GLP”. Na prática, isso permitirá que a estatal volte a realizar vendas diretas ao consumidor, o que não acontece há mais de cinco anos.
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Ainda conforme a nota, a Petrobras tem o objetivo de se “integrar com demais negócios no Brasil e no mundo” e “oferecer soluções de baixo carbono para seus clientes”. A medida faz parte do Plano de Negócios 2025-2029, aprovado em novembro de 2024, com previsão de US$ 111 bilhões em investimentos para os próximos cinco anos.
“Agora, falta deliberar sobre a volta definitiva à distribuição e comercialização de gasolina, diesel, álcool e lubrificantes que era feita pela BR Distribuidora, e enfrentar na Justiça o contrato draconiano que foi assinado na privatização dessa que era a 5ª maior empresa do Brasil no setor de distribuição”, afirmou o coordenador-geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros), Deyvid Bacelar.
Vale citar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a demonstrar incômodo com o valor do gás de cozinha em algumas ocasiões. “O botijão de gás é vendido pela Petrobras às empresas por R$ 37. Não tem explicação ele chegar a R$ 120 reais. Alguém está ganhando muito dinheiro com isso. Comprei no primeiro mandato a Liquigás para regular o preço. Hoje, 4 empresas controlam 90% da distribuição de gás", disse em evento em Campo Verde, MT.
💲 Em julho, a Petrobras anunciou uma redução de 14% no o preço do gás natural para distribuidoras. A empresa, no entanto, disse que o valor final pago pelo consumidor pelo gás natural leva em conta, além do preço da molécula, os custos de transporte até a distribuidora, o portfólio de suprimento e as margens praticadas por cada concessionária, bem como os tributos federais e estaduais.
Com lucro líquido de R$ 26,65 bilhões no 2º trimestre de 2025, a petroleira reverteu o prejuízo registrado no mesmo trimestre do ano passado. Já o Ebitda ajustado somou R$ 52,3 bilhões, representando um aumento de 5,1% frente ao segundo trimestre de 2024.
🤑 No período, a receita de vendas da Petrobras recuou para R$ 119 bilhões, representando queda de 2,6% frente ao mesmo período de 2024 e baixa de 3,3% em relação ao trimestre anterior. O lucro líquido recorrente foi de R$ 23,18 bilhões, impactado por um recuo de 10% no Brent e aumento nas despesas operacionais.
Com R$ 19,2 bilhões no segundo trimestre, o fluxo de caixa livre da Petrobras caiu cerca de 40% em relação ao mesmo período do ano passado e recuou 26,1% frente ao primeiro trimestre deste ano. A empresa divulgou ainda que aprovou R$ 8,66 bilhões em remuneração a seus acionistas na forma de dividendos e JCP (juros sobre capital próprio).
Estatal apresenta resultados consistentes, com destaque para o aumento da produção de petróleo.
Estatal distribuirá a grana aos investidores em duas parcelas; acompanhe as datas-chave.
