Ibovespa e dólar andam de lado, na expectativa pelo corte de gastos

Dólar chegou a tocar nos R$ 5,79, mas recuou para R$ 5,76 diante da notícia de o governo teria chegado a um acordo sobre o ajuste fiscal.

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Publicado em 30/10/2024 às 17:48h - Atualizado Agora Publicado em 30/10/2024 às 17:48h Atualizado Agora por Marina Barbosa
Ibovespa teve uma leve queda de 0,07% (Imagem: Shutterstock)

O Ibovespa e o dólar fecharam praticamente estáveis nesta quarta-feira (30), com o governo sinalizando avanços nos cortes de gastos públicos que prometem reforçar o arcabouço fiscal.

💵 O dólar chegou a tocar nos R$ 5,79 no início do pregão, mas fechou aos R$ 5,76, com uma leve alta de 0,04%. Ainda assim, é o maior valor desde março de 2021. Ou seja, em mais de dois anos e meio.

O Ibovespa também teve um dia volátil e acabou fechando com uma leve baixa de 0,07%, aos 130.639 pontos.

O dia começou nervoso no mercado por causa das dúvidas sobre o ajuste fiscal. Afinal, na véspera, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não classificaria as medidas de corte de gastos que estão em estudo no governo como um pacote.

✂️ Os ânimos, no entanto, melhoraram depois que Haddad moderou o tom. O ministro indicou que a Fazenda e a Casa Civil chegaram a um acordo sobre o corte de gastos e garantiu que essas medidas terão o impacto necessário para que o arcabouço fiscal seja cumprido.

O pacote, no entanto, ainda passa por avaliação jurídica. Logo, ainda não tem data para ser apresentado.

EUA

O clima também foi de cautela nos Estados Unidos, com o mercado de olho nas eleições presidenciais e no possível esfriamento da economia americana.

A primeira prévia do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos mostrou um crescimento de 2,8% no terceiro trimestre, abaixo do esperado . Na véspera, dados do mercado de trabalho também já haviam mostrado uma desaceleração na criação de vagas em setembro.

Por isso, as bolsas americanas fecharam em queda nesta quarta-feira (30). Veja:

  • Dow Jones: -0,22%;
  • S&P 500: -0,33%;
  • Nasdaq: -0,56%.

Baixas

As principais empresas da bolsa brasileira também não ajudaram o Ibovespa.

A Petrobras (PETR4) fechou em queda de 0,44%, depois de o Ibama questionar novamente o projeto da estatal que mira a exploração de petróleo na foz do Amazonas.

A Vale (VALE3) perdeu 0,30% e o Itaú (ITUB4), -0,28%.

Já a Weg (WEGE3) derreteu 5,16%, mesmo depois de reportar uma alta anual de 20% do lucro do terceiro trimestre. Analistas explicam que o resultado não surpreendeu e ainda trouxe pontos de atenção, como o aumento das despesas e um leve recuo da margem Ebitda. Veja a análise.

Veja outras baixas do dia:

Altas

O Itaú, contudo, foi o único bancão a fechar no vermelho. O Santander Brasil (SANB11), por exemplo, avançou 2,04%, devolvendo parte das perdas registradas no dia anterior. E o Bradesco (BBDC4) ganhou 0,33%, na véspera da apresentação do balanço do terceiro trimestre.

Minerva (BEEF3) e Marfrig (MRFG3) também subiram, mesmo depois de o Uruguai barrar a compra de plantas mantidas pela Marfrig no país pela Minerva. As altas foram de 2,94% e 1,38%, respectivamente.

Já a Klabin (KLBN11) subiu 1,12%, após anunciar uma nova política de remuneração aos acionistas e um acordo de investimento que deve reduzir a alavancagem da companhia.

Veja outras altas do dia: