A possibilidade de uma greve na
Petrobras (PETR4) ganhou força nessa terça-feira (2), quando a FUP (Federação Única dos Petroleiros) e seus sindicatos deram início às assembleias que vão deliberar sobre uma paralisação nacional por tempo indeterminado, prevista para começar em 15 de dezembro.
⚠️ As votações ocorrem após o fim do prazo dado à Petrobras e suas subsidiárias para apresentarem uma nova contraproposta ao ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) e para responderem aos pontos reivindicados pela categoria.
Além disso, aposentados e pensionistas de várias regiões do país retomarão, a partir de 11 de dezembro, a vigília no edifício-sede da Petrobras (Edisen), no Rio de Janeiro, para reforçar a cobrança por uma solução definitiva para os PEDs (Planos de Equacionamento de Déficit).
🚨 "As representações regionais permanecerão mobilizadas no local durante o período de negociações, buscando sensibilizar a companhia para o impacto dos equacionamentos na renda de milhares de famílias', diz o comunicado. A FUP diz ainda seguir aberta à negociação e aguarda um retorno da Petrobras sobre os itens ainda pendentes.
Lembrando que, em novembro, os trabalhadores da categoria rejeitaram a contraproposta de acordo coletivo de trabalho apresentada pela Petrobras, afirmando que a resposta da FUP demonstrava uma “insatisfação generalizada com a postura da empresa”.
O que pede a FUP
🔎 Na quinta-feira (27), a FUP reenviou à empresa a demanda por uma proposta objetiva que resolva os PEDs da Petros, tema considerado urgente pelos petroleiros em razão do impacto financeiro acumulado, especialmente sobre aposentados e pensionistas.
A federação também pressiona por avanços em um ACT sem aplicação de ajustes fiscais sobre salários e carreiras, além de defender a Pauta pelo Brasil Soberano, que inclui a manutenção da Petrobras pública, sem privatizações ou mudanças de modelo que "enfraqueçam a estatal", diz o comunicado.
Veja os três pilares que orientam a campanha reivindicatória nacional:
- Distribuição justa da riqueza gerada pela categoria;
- Solução definitiva para os Planos de Equacionamento de Déficit da Petros;
- Defesa da Pauta pelo Brasil soberano, contra privatizações e o novo modelo de negócios.