💰 Emprestar o seu dinheiro diretamente para empresar em troca de recebê-lo de volta com acréscimo dos juros compostos é o que caracteriza investir em debêntures, que são uma das modalidades de renda fixa mais rentáveis e que a B3 (B3SA3) quer incentivar em 2025 ao anunciar uma novidade nesta quarta-feira (12).
Isso porque a bolsa de valores brasileira lançou um novo índice de renda fixa, o chamado Debêntures Ultra Qualidade DI, cujo objetivo é mostrar aos investidores um média de desempenho dos preços das debêntures com remuneração de juros compostos atrelados ao CDI mais a soma de um spread (o diferencial acima do Tesouro Direto).
Conforme informações da B3, desde o ano passado já é possível que o investidor use as suas debêntures em carteira como garantia em operações que exigem uma margem, como a negociação de contratos futuros, por exemplo. A partir da lista de títulos aprovados pela área de risco para aceitação como garantia, foi criado o novo índice.
Segundo Ricardo Cavalheiro, superintendente de índices da B3, a expectativa é licenciar o índice para serem criados produtos de investimento, como fundos listados em bolsa (ETF).
“No ano passado, batemos o recorde com o lançamento de sete novos índices e tivemos o licenciamento de quase todos eles, conseguimos observar uma adesão quase imediata”, afirmou o executivo.
Vale mencionar também que, em 2024, a renda fixa foi a grande protagonista nas receitas que geraram mais desempenho operacional à B3. Só o número de investidores que emprestam o seu dinheiro ao governo via Tesouro Direto saltou de 2,47 milhões em dezembro de 2023 para o total de 3,01 milhões em dezembro de 2024, alta de +21,6%.
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A B3 explica que cada empresa emissora pode ter mais de um título incluído no Índice Debêntures Ultra Qualidade DI B3, mas não pode superar o peso de 15% na carteira.
🗓️ Já o rebalanceamento do índice será feito mensalmente. A primeira carteira do índice conta com 22 debêntures, de oito companhias diferentes. Veja a seguir:
Um dos pontos relevantes é que o volume médio diário negociado em derivativos totalizou 9.169 contratos.
A iniciativa permitirá que investidores brasileiros tenham acesso facilitado a ETFs que replicam índices chineses.
