De olho nos dividendos: veja carteira recomendada do BTG para julho

Há ações dos setores de energia, bancos, mineração, entre outros

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Publicado em 02/07/2024 às 16:15h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 02/07/2024 às 16:15h Atualizado 1 dia atrás por Wesley Santana
Dividendos são proventos que os investidores recebem pelas ações que investe. Foto: Shutterstock

Se tem uma coisa em que o investidor está de olho é nos dividendos. Receber esses proventos está na estratégia de muitas carteiras. 

Por isso, mensalmente, o Investidor 10 atualiza a carteira recomendada dos bancos e corretoras de investimentos. Desta vez, trouxemos a lista do BTG Pactual (BPAC11) que traz algumas mudanças nestas áreas. 

Segundo o banco, as recomendações têm o objetivo de encontrar as melhores empresas que gerem valor aos acionistas. Ao todo, são 13 ações, divididas em peso e reavaliadas todos os meses de acordo com o cenário interno e externo.

No ano passado, a carteira recomendada do banco de investimentos registrou um retorno de R$ 21,92. Neste ano, caminha para ultrapassar a marca, já que, no primeiro semestre, os dividendos somaram R$ 14,93. 

Veja ações da carteira recomendada do BTG para julho:

Petrobras (PETR4) - 15% de peso: Mantemos uma visão construtiva sobre o nome e decidimos manter a Petrobras em nosso portfólio. Embora a companhia esteja sinalizando maiores investimentos, a verdadeira questão para nós é se esse aumento em potencial poderia sacrificar a capacidade da empresa de distribuir dividendos substanciais, e acreditamos que não.

Itaú Unibanco (ITUB4) - 15% de peso: O negócio de banco de varejo brasileiro mudou drasticamente, particularmente no segmento de baixa renda, e acreditamos que o Itaú tem feito um ótimo trabalho (o melhor entre os incumbentes) aceitando e se adaptando ao cenário de mudanças, o que acreditamos que permitirá que seu ROE sustentável aumente a diferença em relação aos pares.

BB Seguridade (BBSE3) - 10% de peso: Vemos o setor de seguros como aquele que os investidores consideram defensivo e, dentro deste setor, a BBSE destaca-se como excepcionalmente defensiva. Está livre do risco de juros sobre o capital próprio, o risco de inadimplência está ausente, a margem é impressionantemente alta, o cenário competitivo é favoravelmente benigno, o histórico de boa governança corporativa está bem estabelecido e a empresa distribui 90-95% de seus lucros, minimizando assim o risco de reinvestimento.

Tim (TIMS3) - 10% de peso: Ao preço atual, vemos a TIM como uma oportunidade de investimento promissora, negociada a um atraente dividend yield de 9,4% para 2024 (e 10,7% para 2025), acima das empresas de telecomunicações dos EUA (6%) e em linha com a Vivo.

Eletrobras (ELET6) - 10% de peso: Vemos a Eletrobras sendo negociada a uma TIR real muito atraente de 16,7%, ao mesmo tempo em que oferece gatilhos positivos esperados para 2024, vinculados ao seu processo de recuperação. A empresa apresentou resultados sólidos nos últimos trimestres, refletindo o corte de custos (ou seja, despesas com PMSO) e esperamos que essa tendência continue.

Vale (VALE3) - 5% de peso: Analisando o valuation, acreditamos que as ações permanecem descontadas negociadas ~3,5x EBITDA para 2024E e yields de dividendos mais próximos de 10%. Acreditamos que ainda há alguma redução de risco a ser precificada nas ações após os desenvolvimentos recentes (principalmente macro).

Banco do Brasil (BBAS3) - 5% de peso: Dada o valuation ainda relativamente atraente, o forte histórico do BB na entrega do guidance e a mensagem da administração de que não estamos no pico de lucros, preferimos continuar a dar-lhes o benefício da dúvida e reiterar a nossa recomendação de Compra.

JBS (JBSS3) - 5% de peso: No Brasil, o ciclo pecuário é bastante favorável, e a JBS também está se beneficiando do forte ciclo avícola deste ano por meio da Seara. Com espaço para revisões positivas de lucros pelo consenso e um sólido yield de geração de caixa de 10%, a JBS oferece o melhor risco-retorno do setor na América Latina.

CPFL (CPFE3) - 5% de peso: A CPFL opera concessões de distribuição premium e tem entregado consistentemente sólidos resultados operacionais, com menores perdas de energia e um controle melhor de custos. Vemos a empresa sendo negociada a uma TIR real de 11,1%, alinhando-se com pares como a Equatorial.

Gerdau (GGBR4) - 5% de peso: Após os resultados do 1T24, atualizamos nossa recomendação de Gerdau para Compra novamente e definimos um novo preço-alvo de R$ 25/ação (acima dos R$ 22,5 anteriores). Vemos as ações sendo negociadas a 3,6x EBITDA, com yield de fluxo de caixa próximos de 10-11%.

Klabin (KLBN11) - 5% de peso: Estamos adicionando a Klabin ao nosso portfólio devido a seus atributos defensivos, exposição cambial, sólida dinâmica de lucros e valuation barato. Embora ainda mantenhamos uma recomendação neutra em relação à Klabin, acreditamos que a empresa deverá se beneficiar de perspectivas melhores em todas as suas unidades de negócios no curto prazo.

Fleury (FLRY3) - 5% de peso: Em meio à volatilidade do mercado, uma curva de juros de longo prazo maior, grandes resgates de fundos locais e a alta saída de investidores estrangeiros dos mercados de capitais do Brasil, o FLRY é uma tese de investimento fora do consenso. Essa é uma excelente tese de investimento defensiva para incluir em portfólios durante mercados mais desafiadores.

Cyrela (CYRE3) - 5% de peso: A Cyrela apresenta uma forte dinâmica de lucros, enquanto as ações estão sendo negociadas em um valuation atraente. Poderá se beneficiar de um impulso em suas operações + lucratividade (maior velocidade de vendas, crescimento de lançamentos, etc.), enquanto a ação é beneficiada por taxas de juros de longo prazo mais baixas (nome de beta alto). Portanto, manteremos a Cyrela em nosso portfólio.