Braskem (BRKM5): Credores fazem nova tentativa de venda

Os bancos credores estão avaliando a criação de um fundo.

Author
Publicado em 16/09/2024 às 08:31h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 16/09/2024 às 08:31h Atualizado 2 meses atrás por Elanny Vlaxio
A nova tentativa conta com o apoio do BNDES (Imagem: Shutterstock)

Após quase dois anos de negociações infrutíferas para vender sua participação na Braskem (BRKM5), a Novonor (ex-Odebrecht) e seus credores estão elaborando uma nova estratégia, conforme revelado por Lauro Jardim em publicação no jornal "O Globo".

✍️ A nova tentativa de venda da fatia da Novonor na Braskem conta com o apoio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a intermediação do BTG Pactual (BPAC11). Conforme informações do colunista, os bancos credores avaliam a criação de um fundo no qual os créditos seriam convertidos em ações da petroquímica.

Leia também: Luiz Barsi disse que a renda fixa é perda (e ele teve razão); entenda

Dessa forma, os bancos, em conjunto com a Petrobras (PETR4), passariam a exercer o controle conjunto da Braskem, enquanto a Novonor, anteriormente conhecida como Odebrecht, detém uma participação inferior a 5% do capital total.

📷 A reportagem destacou, ainda, o interesse do Bradesco e do Banco do Brasil na transação. Por outro lado, o Itaú mantém uma postura mais reservada, especialmente após os incidentes ocorridos em Maceió, onde o colapso de minas de sal-gema provocou o afundamento do solo em diversos bairros.

Dilema bilionário

A Braskem enfrenta uma situação financeira complexa após a recente condenação judicial que impõe à Novonor, antiga Odebrecht, o pagamento de uma indenização de R$ 8 bilhões. De acordo com a Braskem, a execução dessa sentença pode afetar os acordos de leniência que a empresa estabeleceu no Brasil, Estados Unidos e Suíça.

⚖️ A empresa alertou que o cumprimento da decisão judicial, que condena a companhia a indenizar acionistas minoritários, pode gerar graves consequências, inclusive na esfera criminal, agrava ainda mais a atual crise financeira. A condenação, determinada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em maio deste ano, atende a uma ação judicial iniciada em 2018.

Os autores da ação alegam que a Novonor abusou de seu poder de controle sobre a petroquímica, causando danos à empresa. A Justiça, concordando com o argumento, determinou o pagamento de uma indenização à petroquímica e aplicou multas aos autores da ação, incluindo um prêmio de 5% sobre o valor da indenização, além de 10% referentes a custas processuais e honorários advocatícios.