CVM abre processo contra o comando do BRB (BSLI4), entenda
CVM apura responsabilidade dos administradores do BRB na elaboração do balanço de 2024.
Neste final de semana, mais um capítulo da venda do Banco Master, instituição financeira privada, à estatal Banco de Brasília — BRB (BSLI4) teve prosseguimento, com direito a reunião com o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, no último dia 19 de julho.
Constando na agenda pública oficial da autarquia, Galípolo teria se encontrado em Brasília com o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, além do CEO da instituição financeira, Augusto Ferreira Lima, com o intuito de acertar o processo de venda ao BRB.
Também teriam participado da reunião no BC Ailton de Aquino Santos, diretor de fiscalização da autarquia, e Gilneu Francisco Astolfi, diretor de regulação da instituição.
Vale lembrar que a estatal BRB, cujo acionista majoritário é o governo do Distrito Federal, ofereceu R$ 2 bilhões por 58% do capital social do Banco Master no último dia 28 de março, apesar de as negociações estarem ocorrendo desde o ano passado.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que impede a formação de monopólio no Brasil, já aprovou o negócio no último dia 17 de junho, mas o trâmite ainda depende de regulação do BC.
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Fundado em 1974, como uma corretora de valores mobiliários, o Banco Master, com o passar do tempo, rompeu as fronteiras do seu berço em São Paulo e ganhou proporção nacional. A aquisição pelo BRB acontece pouco mais de um ano depois que o Master assumiu a operação do Will Financeira. Em fevereiro do ano passado, o banco paulista se tornou sócio majoritário da fintech nordestina, com o objetivo de criar um verdadeiro ecossistema digital financeiro.
Nos últimos anos, o Banco Master também ficou bastante conhecido entre os investidores de renda fixa por conta de sua estratégia agressiva de rentabilidade em CDBs (Certificados de Depósito Bancário), inclusive chegando a pagar ganhos de 140% do CDI, em tempos de Selic a 15% ao ano.
Segundo dados do Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil no Banco de Brasília (BSLI4) há um ano, hoje você teria R$ 796,33, já considerando o reinvestimento dos dividendos. A simulação também aponta que o Ibovespa teria retornado R$ 1.045,18 nas mesmas condições.
CVM apura responsabilidade dos administradores do BRB na elaboração do balanço de 2024.
Negócio passou sem restrições pelo Cade, mas ainda depende da aprovação do Banco Central.