Quem aplicou no exterior em outubro se deu bem; veja os melhores investimentos

Índice de BDRs, carteira de empresas estrangeiras com ações listadas no Brasil, entrega quase 6% ao mês.

Publicado em 31/10/2025 às 19:21h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 31/10/2025 às 19:21h Atualizado 1 mês atrás por Lucas Simões

Além de empresas estrangeiras em alta, o próprio dólar voltou a subir no mês (Imagem: Shutterstock)

Os investidores brasileiros que resolveram acelerar a dolarização de parte do seu patrimônio ao longo de outubro de 2025 foram mais do que recompensados, visto que não só as empresas estrangeiras com ações negociadas no Brasil lideram os ganhos do mês, como o próprio dólar americano voltou a se valorizar contra a nossa moeda.

No detalhe, o índice BDRX, que reúne as BDRs (Brazilian Depositary Receipts) listadas na B3, disparou +5,90% no período, inclusive superando o desempenho positivo de +3,17% do ouro, que aparece logo na sequência e deu o que falar recentemente. Já a moeda americana, na referência cambial seguida pelo Banco Central (o dólar Ptax) avançou +1,24% em outubro.

Para quem ainda não entendeu do que se tratam os BDRs, com eles é possível investir das próprias corretoras e bancos brasileiros em companhias no exterior. Alguns exemplos são a americana Apple (AAPL34), a chinesa Alibaba (BABA34) ou até mesmo a brasileira Nubank (ROXO34), cuja listagem principal fica lá fora.

O estudo elaborado por Einar Rivero, CEO da Elos Ayta, aponta que há espaço para apetite dos investidores por ativos reais e de risco moderado, em um ambiente de câmbio volátil e tensões geopolíticas.

Até o bom e velho Ibovespa ficou na terceira colocação do ranking no mês, apreciando +2,26. Na visão do especialista, as ações brasileiras vêm sendo impulsionadas por uma safra de resultados corporativos positivos, além de interesse moderado dos estrangeiros na bolsa de valores brasileira.

Todavia, quem ficou fora da casinha nesse mês foi literalmente o Bitcoin (BTC), principal representante das criptomoedas, que desvalorizou -2,80%. Chama a atenção o recuo da moeda virtual justamente agora porque jogou por terra a superstição histórica do "Uptober".

Desempenho dos investimentos em Outubro de 2025

BDRX (Carteira de Ações Estrangeiras): +5,90%
Ouro: +3,17%
Ibovespa (Ações Brasileiras): +2,26%
IDIV (Ações Pagadoras de Dividendos): +1,78%
Dólar: +1,24%
CDI (Renda Fixa de Curto Prazo): +1,22%
IHFA (Fundos Multimercados): +1,19%
IMA Geral (Renda Fixa do Tesouro Direto): +1,09%
Poupança: +0,67%
Small Caps (Ações Voláteis de Crescimento): +0,43%
Ifix (Fundos Imobiliários): +0,12%
Euro: −0,44%
Bitcoin (Criptomoedas): −2,80%

2025 ainda é o ano do ouro

Focando no desempenho acumulado no ano, o estudo da consultoria Elos Ayta reforça que o metal precioso segue na dianteira com alta de +51,86.

O ouro atingiu sua máxima histórica em 20 de outubro, quando chegou a US$ 4.359,40 por onça-troy (31,3 gramas), mas encerrou o mês em US$ 4.010,52, uma queda de 8% em relação ao pico.

"Apesar da correção, o metal permanece como um dos ativos mais rentáveis do ano, sustentado pela busca global por refúgio diante das incertezas macroeconômicas e pela valorização acumulada ao longo de 2025", avalia Einar Rivero.

Outra classe de investimento que também é destaque positivo ao longo de 2025 responde por Small Caps (+2785%), as quais têm demonstrado recuperação consistente como empresas de menor capitalização, catapultadas pelo ambiente de juros em queda.

O próprio Ibovespa, mais uma vez, aparece no terceiro lugar do pódio, com entrega de +24,32%. Vale destacar que o principal índice da B3 encerra outubro na maior pontuação nominal da história, consolidando o bom momento das ações brasileiras.

"Todavia, ao avaliar o índice brasileiro em dólares, o cenário muda de figura: o Ibovespa está atualmente em 27.773 pontos, 37,75% abaixo do recorde histórico em moeda americana, registrado em 18 de maio de 2008, quando atingiu 44.616 pontos", alerta o especialista.

Desempenho dos investimentos no acumulado de 2025

Ouro: +51,86%
Small Caps (Ações Voláteis de Crescimento): +27,85%
Ibovespa (Ações Brasileiras): +24,32%
IDIV (Ações Pagadoras de Dividendos): +21,65%
Ifix (Fundos Imobiliários): +15,32%
IHFA (Fundos Multimercados): +13,08%
IMA Geral (Renda Fixa do Tesouro Direto): +12,17%
CDI (Renda Fixa de Curto Prazo): +11,71%
BDRX (Carteira de Ações Estrangeiras): +7,55%
Poupança: +6,75%
Bitcoin (Criptomoedas): +0,69%
Euro: −3,75%
Dólar: −13,05%

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