Empresas da B3 perdem R$ 141 bi em valor de mercado após tarifas, veja maiores perdas
Juntas, Petrobras e Vale respondem por 75% de toda a desvalorização registrada entre 2 e 10 de abril.
🗣️ A escalada da guerra comercial e à consequente baixa nos preços do petróleo no mercado internacional não devem afetar a produção da Petrobras (PETR4), é o que disse, nesta quarta-feira (9), a diretora-executiva de Exploração e Produção da empresa, Sylvia dos Anjos.
“Nenhum projeto da Petrobras vai ser paralisado por conta da queda do petróleo Brent”, afirmou em participação em painel no Fórum Brasileiro de Líderes em Energia, Oil & Gas 2025, no Rio de Janeiro. “O [preço do petróleo tipo] Brent caindo assusta, mas todos os nossos projetos são resilientes e suportam um barril a US$ 28 para aguentar esses altos e baixos. A crise não é exceção, é uma regra”, disse Sylvia.
Ela também destacou que o objetivo da petroleira é sustentar uma produção crescente e efetuar a reposição de reservas. Em tom otimista, Sylvia ainda acrescentou: "Depois do que a gente passou em 2020, isso é brincadeira, né? Agora, quem disser que sabe o que vai acontecer com o petróleo está mentindo".
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🛢️ A executiva fez referência ao ano em que o preço do petróleo barril caiu ao menor nível desde o início dos anos 2000. Em março de 2020, a referência mundial de preços, o petróleo Brent, fechou com uma desvalorização de 13,4%, atingindo US$ 24,88 (R$ 129) por barril, o menor preço desde 2003. Em Nova York, o petróleo WTI caiu 24,4%, encerrando a US$ 20,37 (R$ 106) por barril, o menor valor em 18 anos.
Vale citar que os preços do petróleo registraram novas mínimas em quatro anos nesta quarta-feira, 9. Às 9h15 (horário de Brasília), os futuros do Brent operavam em queda de US$ 2,84, ou 4,52%, cotados a US$ 59,98 por barril. Os futuros do petróleo bruto dos Estados Unidos também apresentavam baixa de US$ 2,66, ou 4,46%, chegando a US$ 56,92.
💸 A queda chega após a China anunciar novas tarifas de 84% sobre os produtos dos EUA em retaliação à política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano). O comunicado também foi feito no mesmo dia em que começa a ser aplicada uma tarifa adicional de 50% sobre as importações chinesas nos EUA, totalizando as tarifas em 104%.
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