Petrobras (PETR4) mantém aposta em fábrica de fertilizantes

Estatal busca reativar sua fábrica de fertilizantes parada desde 2015 em Mato Grosso do Sul

Author
Publicado em 25/10/2024 às 18:23h - Atualizado 26 dias atrás Publicado em 25/10/2024 às 18:23h Atualizado 26 dias atrás por Lucas Simões
O investimento estimado é de R$ 3,5 bilhões (Imagem: Mauricio Hallberg Teixeira/Agência Petrobras)

🚜 O conselho de administração da Petrobras (PETR4) aprovou nesta sexta-feira (25) a continuidade da implantação da fábrica de fertilizantes da estatal, situada em Três Lagoas (Mato Grosso do Sul).

Dessa maneira, a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), que estava a hibernada desde 2015 e cujo processo de reavaliação do projeto começou ano passado, deverá receber investimentos de R$ 3,5 bilhões para sua conclusão.

Com a decisão, o projeto passa a integrar a carteira em implantação do Plano Estratégico vigente e a Petrobras dará início aos processos de contratação para retomada das obras do projeto.

A previsão é de que a fábrica de fertilizantes dê início a suas operações em 2028, conforme a petroleira. As contratações passarão por todas as análises necessárias, em observância às práticas de governança e aos procedimentos internos aplicáveis. 

➡️ Leia mais: Ação da Suzano (SUZB3) pode subir quanto em 2025? Analistas dão pista

A aposta da Petrobras no agronegócio

O projeto da UFN III prevê a produção anual de cerca de 1,2 milhão de toneladas de ureia e 70 mil de toneladas de amônia.

No caso, a fábrica de fertilizantes está próxima aos principais mercados consumidores destes insumos agrícolas e atenderá majoritariamente os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e São Paulo.

"A localização estratégica traz mais confiabilidade em relação às alternativas de suprimento deste mercado, cuja demanda por ureia fertilizante apresenta tendência de crescimento. Além disso, o projeto apresenta modernos equipamentos e tecnologias em produção de fertilizantes, resultando em elevada eficiência da planta", destaca a estatal no comunicado.

Vale mencionar que a amônia é uma matéria-prima para a produção de fertilizantes e petroquímicos, além de outros produtos agropecuários. Já a ureia é o fertilizante nitrogenado mais utilizado no Brasil, cuja demanda nacional é estimada em cerca de 7 milhões de toneladas para 2024, sendo integralmente importada no momento.

🌽 O milho é a principal cultura para demanda de ureia e fertilizantes no Brasil, mas o produto também é utilizado no cultivo de cana-de-açúcar, café, trigo e algodão, entre outros. 

Fora que o composto também será destinado ao segmento da pecuária, utilizado como complemento alimentar para animais ruminantes.