Petrobras (PETR4) perde espaço na carteira do BTG Pactual; entenda os motivos
Segundo os analistas, a redução no peso de Petrobras foi motivada principalmente pela volatilidade nos preços do petróleo.
Nesta quinta-feira (3), a Petrobras (PETR4) anunciou um pacote de investimentos no Rio de Janeiro que totaliza ao menos R$ 33 bilhões. Os recursos serão destinados a projetos nas áreas de refino, petroquímica, energia e segurança operacional, com previsão de geração de mais de 38 mil empregos, entre diretos e indiretos.
O destaque do pacote é a integração entre a Reduc (Refinaria Duque de Caxias) e o Complexo Boaventura, integrante do antigo Comperj, que receberá R$ 26 bilhões e deverá criar 30 mil vagas. “Estamos falando de um megaprojeto que envolve sinergia entre a Reduc, o Complexo Boaventura e a Braskem. Um investimento robusto que fortalece a economia do Rio e garante energia a preços acessíveis para o país”, afirmou a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
Magda afirmou que a medida permitirá ampliar a produção de diesel, querosene de aviação, lubrificantes e combustíveis renováveis. “É nesse contexto que a gente chega na Reduc, com capacidade de 240 mil barris por dia, ampliada com a chegada do gás natural ao Rio por meio do Complexo Boaventura”, explicou.
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A ampliação da unidade da Braskem em Duque de Caxias também se destaca, com aporte de R$ 4,3 bilhões. O projeto prevê a criação de 7.500 postos de trabalho e o aumento da capacidade de produção de polietileno, matéria-prima essencial para o setor de plásticos.
“Esta nova estrutura ampliará a produção de diesel S-10 em 76 mil barris por dia, sendo 56 mil provenientes da troca de qualidade e 20 mil em capacidade adicional. O projeto também prevê um aumento da capacidade de produção de querosene de aviação em 20 mil bpd e de lubrificantes grupo II em 12 mil bpd”, disse a presidente da empresa.
Também está prevista a realização de paradas programadas para manutenção na Reduc, conforme anunciado pela Petrobras, com investimento de R$ 2,4 bilhões destinados ao aprimoramento da segurança operacional. A companhia ainda planeja a construção de uma nova central termelétrica a gás natural na refinaria, com investimento de R$ 860 milhões.
“A Reduc tem 240 mil barris por dia de capacidade e agora será ampliada com a chegada do gás do pré-sal através da Rota 3, que será antes processado no antigo Comperj. Esse gás será usado pela Braskem. Vamos garantir mais gás a preços acessíveis”, afirmou.
Segundo os analistas, a redução no peso de Petrobras foi motivada principalmente pela volatilidade nos preços do petróleo.
O aumento acompanha a instabilidade no preço internacional do petróleo, com o barril do Brent chegando a US$ 77 em junho.