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🚨 O pregão desta quarta-feira (13) foi marcado por um movimento de cautela na bolsa brasileira, em um dia em que fatores domésticos e externos se entrelaçaram para moldar o humor dos investidores.
O Ibovespa (IBOV), principal índice da B3 (B3SA3), encerrou o dia em queda de 0,89%, aos 136.687,32 pontos, devolvendo parte dos ganhos expressivos registrados na véspera.
No câmbio, o dólar à vista avançou 0,27%, encerrando cotado a R$ 5,4018. O movimento refletiu uma combinação de incertezas fiscais no Brasil, ajustes no mercado de commodities e um ambiente global ainda sensível às expectativas sobre política monetária nos Estados Unidos.
O ponto central de atenção no mercado doméstico foi a assinatura, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de uma medida provisória que institui um pacote de contingência para amortecer os impactos do chamado ‘tarifaço’ — expressão utilizada para se referir a aumentos de tarifas que pressionam setores produtivos e consumidores.
O conjunto de medidas prevê:
Apesar do alívio de curto prazo para setores sensíveis, analistas destacam que a conta fiscal dessas medidas ainda não está clara, reacendendo discussões sobre a trajetória das contas públicas e sobre o espaço do governo para cumprir a meta de resultado primário.
Em um cenário já desafiador, com arrecadação pressionada e crescimento econômico moderado, qualquer nova despesa exige compensações ou revisão das projeções fiscais.
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O desempenho das ações de empresas listadas na B3 também ajudou a definir o tom do pregão.
Na ponta positiva, MRV&Co (MRVE3) registrou alta de mais de 6%, mesmo após divulgar prejuízo líquido ajustado de R$ 774,7 milhões no segundo trimestre, revertendo lucro de R$ 29,4 milhões no mesmo período de 2024.
O resultado negativo foi concentrado nas operações da subsidiária norte-americana Resia, em processo de reestruturação.
No entanto, a operação de incorporação no Brasil, especialmente no segmento de habitação popular, apresentou forte crescimento, beneficiada por ajustes no programa Minha Casa, Minha Vida e por subsídios estaduais adicionais.
Já na ponta negativa, a CVC (CVCB3) despencou mais de 10% após divulgar prejuízo líquido de R$ 46,4 milhões, um aumento de 109,4% em relação ao ano anterior.
Embora a companhia tenha registrado crescimento de reservas e alta de 28,3% no Ebitda ajustado, o resultado foi fortemente pressionado por maiores despesas financeiras e tributárias, frustrando as expectativas do mercado.
O desempenho de gigantes como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) também contribuiu para o viés negativo.
As ações da estatal recuaram acompanhando a queda do petróleo Brent no mercado internacional, influenciada por sinais mistos de demanda global e estoques elevados nos EUA.
A Vale, por sua vez, fechou em leve baixa, pressionada pela desvalorização do minério de ferro na China, em meio a novas incertezas sobre a recuperação do setor imobiliário chinês e intervenções regulatórias em mercados de commodities.
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No cenário internacional, o clima foi mais positivo. Os principais índices de Wall Street avançaram, impulsionados pela expectativa quase unânime de um corte de 50 pontos-base na taxa de juros dos EUA pelo Federal Reserve já na próxima reunião.
O otimismo foi reforçado por declarações do secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, que afirmou que os juros atuais estão “muito restritivos” e que seria adequado reduzir o nível de aperto monetário, considerando a desaceleração do mercado de trabalho.
Os mercados asiáticos e europeus repercutiram o clima positivo vindo dos EUA. No Japão, o Nikkei avançou 1,30% e renovou recorde histórico. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 2,58%.
Na Europa, o índice pan-europeu Stoxx 600 ganhou 0,54%, acompanhando a tendência de valorização.
Veja o que esperar para os próximos pregões:
📊 A combinação de incerteza fiscal doméstica e perspectiva de juros mais baixos no exterior cria um ambiente misto para ativos brasileiros, com potencial para alta volatilidade nos próximos dias.
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