A Novonor ficará com somente 4% das ações preferenciais da
Braskem (BRKM5) após transferir sua participação, hoje equivalente a 38,3% do capital total e 50,1% das ações votantes, para um fundo da IG4, segundo fontes do jornal "Valor Econômico".
💲 Como minoritária, terá direito a dividendos, mas deixará a gestão. O fundo da IG4 e a
Petrobras (PETR4), que possui 36,1% do capital total e 47% das ON, passam a ser os principais sócios e assinarão um novo acordo de administração conjunta.
Mudanças no comando também são previstas. A IG4 deve indicar o novo presidente e a Petrobras ficará com ao menos uma vice-presidência e um assento no conselho. O favorito para assumir a presidência é Helcio Tokeshi, sócio-diretor da IG4, enquanto a Petrobras deve nomear o engenheiro Luiz Valente.
Segundo fontes da IG4, as escolhas ainda não estão definidas e dependem de consenso com a Petrobras. Há prazo de até 90 dias entre a assinatura e a conclusão do negócio, além da análise do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Braskem nega informações
A Braskem, porém, publicou um comunicado ao mercado na quarta-feira (3) negando as informações sobre um suposto processo de venda. A petroquímica afirmou que desconhece o conteúdo das notícias e que não conduz tratativas de venda, tendo solicitado esclarecimentos aos acionistas do Acordo de Acionistas.
👎 Já a Novonor declarou que está em negociação com a IG4 Solutions LLC para um possível acordo de exclusividade, embora nenhum documento vinculante tenha sido assinado e não haja garantia de fechamento. A Petrobras, por outro lado, afirmou que não integra esse acordo.
“A companhia esclarece que não é parte do acordo entre Novonor e IG4 mencionado na notícia. A Petrobras reitera que não há decisão tomada em relação à sua participação na Braskem e segue estudando alternativas", disse no comunicado.
Em outubro, a Braskem já havia negado conhecimento de qualquer possibilidade de tomada de controle por bancos credores da Novonor após reportagem publicada pelo "O Estado de S. Paulo". Segundo a publicação, caso as ações oferecidas como garantia de empréstimos fossem executadas, os bancos poderiam se tornar acionistas da Braskem e até assumir o controle.
