MPF pede que Justiça proíba exploração de petróleo na foz do Amazonas

A Petrobras (PETR4) realizará a perfuração no bloco FZA-M-059, em mar aberto.

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Publicado em 25/10/2025 às 10:30h - Atualizado 4 minutos atrás Publicado em 25/10/2025 às 10:30h Atualizado 4 minutos atrás por Elanny Vlaxio
O pedido inclui ainda a proibição de inclusão de novos blocos (Imagem: Foresea/Divulgação)
O pedido inclui ainda a proibição de inclusão de novos blocos (Imagem: Foresea/Divulgação)
👀 O MPF (Ministério Público Federal) ingressou na sexta-feira (24) com recurso no TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) para tentar reverter a decisão da Justiça Federal que, em setembro, negou a suspensão do leilão de 19 blocos de exploração de petróleo e gás na Bacia da Foz do Amazonas. 
O MPF solicita a suspensão imediata de qualquer processo de licenciamento ambiental junto ao Ibama para os blocos arrematados, até que sejam cumpridas todas as etapas de estudos e ações prévias necessárias. O órgão também exige a realização da CPLI (Consulta Prévia, Livre e Informada).
O pedido inclui ainda a proibição de inclusão de novos blocos da Bacia da Foz do Amazonas em futuras rodadas da OPC (Oferta Permanente de Concessão) até o julgamento final da ação. Segundo o MPF, o recurso tem como objetivo assegurar que o leilão e os contratos de concessão respeitem os critérios socioambientais e legais previstos.
📄 Em setembro, a Justiça Federal rejeitou o pedido do MPF ao argumentar que as medidas ambientais requeridas devem ser realizadas em fases posteriores do processo. Já o MPF sustenta que a ausência dessas etapas na fase pré-licitatória viola tanto o ordenamento jurídico brasileiro quanto compromissos internacionais do país.
A Petrobras (PETR4) realizará a perfuração no bloco FZA-M-059, em mar aberto, a aproximadamente 175 quilômetros da costa do Amapá e 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas, em uma zona de águas profundas. A companhia informou que o trabalho visa coletar dados geológicos que confirmem a possível presença de petróleo e gás em escala comercial.
No dia do anúncio do MPF, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a liberação das pesquisas para exploração de petróleo. "Vamos continuar utilizando o dinheiro [do petróleo] para que a gente tenha cada vez mais condições de o Brasil se ver livre do combustível fóssil. Mas, enquanto o mundo precisar, o Brasil não vai jogar fora uma riqueza que pode melhorar a própria vida do povo brasileiro", defendeu.