Lista de ações mais indicadas para o mês de junho traz “surpresas”; confira

O panorama para junho mostra um mercado diversificado, com empresas de setores variados.

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Publicado em 05/06/2024 às 09:34h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 05/06/2024 às 09:34h Atualizado 3 meses atrás por Matheus Rodrigues
Confira as ações mais indicadas pelas principais casas de análises do país. (Imagem: Shutterstock.)

📉 Maio registrou um dos piores desempenhos para a Bolsa brasileira em 2024, com o Ibovespa fechando o mês em queda de 3,04%.

A performance negativa foi influenciada principalmente pelos juros altos nos Estados Unidos, que não devem começar a cair antes do segundo semestre do ano, afetando diretamente o mercado financeiro local.

No cenário interno, a troca no comando da Petrobras foi o destaque do mês. Magda Chambriard assumiu a liderança da estatal, e apesar de uma queda inicial nos papéis da companhia, o mercado mostra-se otimista quanto à recuperação do valor das ações.

Com isso, Petrobras (PETR4) se tornou quase uma unanimidade nas recomendações das corretoras, liderando a lista de ações mais recomendadas com nove indicações.

Além das mudanças na Petrobras, o ranking das ações mais recomendadas teve outras alterações significativas.

O BTG Pactual (BPAC11), incluído no mês anterior, foi substituído pela Gerdau (GGBR4) nas preferências.

A Vale (VALE3), que liderou a lista no passado, perdeu uma recomendação e cedeu o topo para a Petrobras.

O Itaú (ITUB4) segue como o único representante do setor bancário no ranking, que também conta com empresas de varejo, saneamento básico e construção civil.

💲 Confira as ações mais indicadas pelas principais casas de análises do país:

Petrobras (PETR4)

Apesar de uma queda de 7,68% em maio, Petrobras (PETR4) emerge como uma líder indiscutível nas recomendações com nove indicações para junho.

A nova presidente, Magda Chambriard, sinaliza manutenção de estratégias chave que reforçam o plano estratégico 2024-28 da companhia, focando na política comercial, investimento em energias renováveis, e reposição de reservas.

Tais medidas têm sido vistas como positivas pelo mercado, especialmente pelo BB Investimentos, fortalecendo a visão de que a estatal possui robustez para se recuperar e prosperar ao longo do ano.

  • Número de recomendações: 9
  • Retorno em maio: -7,68%
  • Retorno em 2024: 12,83%

Vale (VALE3)

A gigante da mineração, Vale (VALE3), recebeu seis recomendações, apesar de um desempenho lateral em maio com uma variação negativa de apenas 0,14%.

A Guide Investimentos ressalta a estratégia de diversificação geográfica e de atividades da empresa, com projetos de exploração mineral em seis países e um integrado sistema de logística global.

Esta abordagem não apenas minimiza riscos, mas também assegura a entrega eficiente de seus produtos em diversos mercados internacionais, posicionando a Vale como uma escolha estratégica para investidores.

  • Número de recomendações: 6
  • Retorno em maio: -0,14%
  • Retorno em 2024: -18,13%

Itaú (ITUB4)

O Itaú Unibanco (ITUB4), destacado pelo Santander e com cinco indicações, viu uma queda modesta em maio.

O Santander revisou recentemente o preço-alvo da ação para R$ 44, indicando um potencial de valorização significativo.

O banco prevê um aumento na concessão de empréstimos em áreas específicas, após a estabilização da inadimplência, sugerindo um futuro promissor para a ação em um ambiente econômico em recuperação.

  • Número de recomendações: 5
  • Retorno em maio: -1,05%
  • Retorno em 2024: -8,65%

Gerdau (GGBR4)

A produtora de aço Gerdau (GGBR4), com três recomendações, é elogiada pela Ativa Investimentos após um excelente primeiro trimestre de 2024.

A empresa demonstrou capacidade de manter margens atraentes mesmo em um cenário econômico desafiador, evidenciando a força e a resiliência do seu modelo de negócio.

A Gerdau, portanto, representa uma opção valiosa para investidores que buscam robustez e estabilidade no setor industrial.

  • Número de recomendações: 3
  • Retorno em maio: -0,82%
  • Retorno em 2024: -8,53%

Renner (LREN3) e Cyrela (CYRE3)

Lojas Renner (LREN3) e Cyrela (CYRE3) também estão entre as recomendadas, com três indicações cada.

Apesar dos desafios no varejo e na construção civil, ambas as empresas mostram sinais de recuperação e adaptação.

Renner, por exemplo, apesar das inundações em Rio Grande do Sul, é vista pelo BTG Pactual como bem-posicionada para ganhar participação no mercado de varejo de vestuário.

Por outro lado, Cyrela é destacada pelo Santander pelo lançamento de projetos acessíveis e por uma gestão eficiente de vendas, mantendo seu valor atrativo para investidores.

Lojas Renner (LREN3)

  • Número de recomendações: 3
  • Retorno em maio: -14,41%
  • Retorno em 2024: -24,68%

Cyrela (CYRE3)

  • Número de recomendações: 3
  • Retorno em maio: -5,86%
  • Retorno em 2024: -20,63%

Sabesp (SBSP3) e Weg (WEGE3)

A Sabesp (SBSP3), com quatro recomendações, é destacada como uma ação defensiva, essencial mesmo em tempos de crise.

A Guide destaca seu papel crucial no fornecimento de água e serviços de esgoto para uma grande parte da população de São Paulo.

Por outro lado, a Weg (WEGE3), também com três recomendações, é notada pela Ágora Investimentos pela expectativa de manter margens Ebitda resilientes e beneficiar-se de demandas por equipamentos de longo ciclo, principalmente no setor de transmissão e distribuição.

Weg (WEGE3)

  • Número de recomendações: 3
  • Retorno em maio: -3,34%
  • Retorno em 2024: 1,73%

Sabesp (SBSP3)

  • Número de recomendações: 4
  • Retorno em maio: -8,61%
  • Retorno em 2024: -2%

Projeções para o mês de Junho

📊 O panorama para junho mostra um mercado diversificado, com empresas de setores variados oferecendo oportunidades.

A chave para os investidores será equilibrar escolhas defensivas com apostas em ações que ofereçam crescimento e inovação, alinhadas com estratégias corporativas sólidas e uma visão clara de futuro.

Ao olhar para essas recomendações e analisar profundamente cada escolha, investidores podem posicionar seus portfólios de maneira estratégica para capitalizar sobre as tendências do mercado brasileiro neste mês tumultuado.