O
Itaú Unibanco (ITUB4) comunica ao mercado nesta quarta-feira (8) que emitiu R$ 3 bilhões em títulos de
renda fixa, em operação destinada exclusivamente a
investidores profissionais (aqueles com certificação no mercado financeiro ou que têm acima de R$ 10 milhões aplicados em bolsa de valores).
Isso porque o maior
banco privado do país colocou na praça Letras Financeiras Subordinadas Perpétuas, com opção de recompra a partir de 2031, e sujeito à prévia autorização do Banco Central do Brasil.
Conforme o Itaú, tais títulos de renda fixa contribuirão para o Capital Complementar do Patrimônio de Referência da instituição financeira, com impacto estimado de 0,2 ponto percentual no seu índice de capitalização Nível 1.
Para quem não sabe, as
Letras Financeiras (LF) também fazem parte do mercado de
juros compostos, assim como investimentos bancários mais conhecidos da galera, como:
CDBs,
LCAs,
LCIs e até a
caderneta de poupança. Mas, é claro que essa modalidade tem lá as suas características ímpares.
A finalidade de uma letra financeira é pegar dinheiro emprestado de longo prazo e, em contrapartida, oferecer aos investidores rentabilidades mais atrativas em razão do prazo e da impossibilidade de resgate antecipado.
Desta forma, a LF beneficia tanto as
instituições financeiras que necessitam captar recursos quanto os investidores que possuem montante relevante para aplicações de longo prazo.
Letras Financeiras não são para todo mundo
Dificilmente, as Letras Financeiras fazem parte do dia-a-dia do investidor pessoa física, uma vez que esses títulos de renda fixa bancária têm valores de emissão a partir de R$ 50 mil (se não tiver cláusula de subordinação) e de R$ 300 mil (se houver cláusula de subordinação).
Além de não ser possível investir em apenas uma fração de LFs, essa modalidade tem prazos de vencimento que prendem o dinheiro do poupador por mais tempo: 24 meses, se não contiver cláusula de subordinação; ou 60 meses, se contiver cláusula de subordinação.
Já os tipos de remuneração das Letras Financeiras não fogem à regra do que o investidor de renda fixa está habituado:
Taxas Prefixadas,
CDI+ e
IPCA+.
Mesmo sendo títulos bancários de renda fixa, as LFs não têm proteção do
FGC (Fundo Garantidor de Crédito), mas, em compensação, costumam remunerar bem acima dos demais investimentos mais acessíveis no mercado financeiro, além de estarem atreladas aos grandes bancos na maioria dos casos.
