Petrobras (PETR4) recupera valor de mercado pré-crise dos dividendos
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
💰 O caminhão de dividendos da Petrobras (PETR4) deve encolher bastante em 2025, conforme relatório divulgado pelo Goldman Sachs nesta quinta-feira (12).
Isso porque analistas do banco estrangeiro calculam que o rendimento de dividendos da estatal neste ano seja de 15,8%. Todavia, no próximo ano, o dividend yield da petroleira pode desabar para 8,5%.
Entre as principais preocupações dos investidores globais para com a distribuição de proventos da Petrobras está o próprio desempenho do petróleo tipo Brent, referência internacional usada pela companhia.
Embora a commodity ensaiasse uma recuperação hoje de quase 3%, com cada barril valendo US$ 72,52, a verdade é que o petróleo acumula queda de quase 13% nos últimos 12 meses. Fora que o patamar atual, próximo de US$ 70 por barril, configura-se no menor preço em três anos.
No relatório do banco, é destacado que o petróleo despencou cerca de 20% desde junho, mexendo com as estimativas da commodity nos próximos meses.
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Para quem investe nas ações da Petrobras, saiba que o Goldman não espera mais proventos extraordinários na casa dos US$ 7 bilhões neste ano, com o valor disponível aos acionistas devendo cair para US$ 6 bilhões.
No caso, essa distribuição potencial de US$ 6 bilhões em dividendos extraordinários pode pingar na conta dos investidores da seguinte forma: US$ 4 bilhões até o fim do ano e outros US$ 2 bilhões nos primeiros seis meses do ano que vem.
Conforme o Radar de Dividendos Inteligente, ferramenta do Investidor10, as próximas datas-com de dividendos da Petrobras podem acontecer em novembro de 2024 e abril de 2025. Já as datas de pagamento dos proventos têm maiores probabilidades em dezembro de 2024 e maio de 2025.
🚨 A Petrobras poderia exceder ligeiramente o limite de dívida bruta de US$ 65 bilhões até o quarto trimestre de 2025, no entendimento do Goldman, principalmente devido à entrada de mais passivos de arrendamento do início de novos navios plataforma para exploração de petróleo e gás do pré-sal.
"Caso a administração decida pagar a dívida para cumprir esse limite máximo, isso poderia reduzir a disponibilidade de caixa da petroleira e também representar riscos de queda para nossas estimativas de dividendos extras", destaca o banco, em relatório.
Mesmo com todas essas ressalvas relativas aos preços do petróleo e dividendos extraordinários, o Goldman Sachs reitera recomendação de compra para as ações preferenciais da Petrobras.
🛢️ Logo, os analistas estipulam preço justo de R$ 39,40. No momento, os papéis da estatal são negociados por volta de R$ 36,96 cada.
Dados consultados no Investidor10 nesta data apontam que, se você tivesse investido R$ 1.000,00 em PETR4 há cinco anos, hoje você teria R$ 4.182,50, já considerando o reinvestimento dos dividendos.
Em comparação, o investimento no ETF BOVA11 (fundo de índice que replica o desempenho do Ibovespa) teria retornado R$ 1.314,73 ao bolso do investidor.
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
Se ingressarem nos cofres do governo, os recursos contribuirão para compensar frustrações de receitas.