Conheça a 'ação petroleira' que pode subir mais de 60% na B3, segundo o BTG Pactual

A expectativa é que a partir de 2026, a empresa passe a ter espaço para uma distribuição de dividendos.

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Publicado em 14/05/2025 às 14:57h - Atualizado 4 horas atrás Publicado em 14/05/2025 às 14:57h Atualizado 4 horas atrás por Matheus Silva
O banco reiterou a recomendação de compra para os papéis (Imagem: Shutterstock)

🚨 O BTG Pactual (BPAC11) atualizou suas estimativas para a Prio (PRIO3) após a aquisição dos 60% restantes do campo de Peregrino, no pré-sal brasileiro.

Embora tenha reduzido o preço-alvo das ações de R$ 68 para R$ 65, o banco reiterou a recomendação de compra para os papéis, citando um potencial de valorização de 66% frente ao último fechamento.

O ajuste reflete, principalmente, uma postura mais conservadora em relação às perspectivas para o preço do petróleo Brent, cuja projeção de longo prazo foi reduzida de US$ 70 para US$ 65 o barril.

A mudança busca incorporar riscos macroeconômicos mais desafiadores no cenário global, segundo relatório assinado pelos analistas Luiz Carvalho e Henrique Pérez.

Aquisição de Peregrino fortalece portfólio

A aquisição de Peregrino, anunciada por US$ 3,5 bilhões (cerca de US$ 2,3 bilhões líquidos após ajustes de caixa), foi considerada estratégica para a Prio.

A operação reforça a capacidade de geração de caixa da companhia, mesmo com o impacto imediato no endividamento.

O BTG estima que o campo de Peregrino já opera em geração de caixa e deve apresentar um payback inferior a três anos — o que reforça a tese de que o investimento deve agregar valor ao portfólio da Prio no curto e médio prazo.

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Projeções de resultados

De acordo com as novas estimativas, o banco projeta que a Prio terá um Ebitda de US$ 1,7 bilhão em 2025 e de US$ 3,1 bilhões em 2026.

Em relação ao fluxo de caixa livre para acionistas (FCFE), o BTG prevê um cenário de -US$ 822 milhões em 2025 — reflexo dos desembolsos pela aquisição — seguido por um salto para US$ 1,3 bilhão no ano seguinte.

A expectativa é que a partir de 2026, a Prio passe a entregar um rendimento de fluxo de caixa livre (FCFE yield) de 64%, com espaço para iniciar uma distribuição consistente de dividendos já em 2027.

Gestão de eficiência e novos projetos

📊 Outro fator positivo apontado pelo BTG é a contínua busca da companhia pela redução dos custos operacionais e pela otimização da eficiência dos ativos, o que pode resultar em margens ainda mais atrativas.

A equipe de análise também destacou os avanços da empresa na obtenção de licenças ambientais, em especial para o desenvolvimento do campo de Albacora Leste, um ativo estratégico no portfólio de produção.

Riscos no radar

Apesar da visão construtiva, o banco alertou para riscos que precisam ser monitorados, como a volatilidade dos preços internacionais do petróleo, eventuais atrasos em projetos e questões regulatórias ligadas a licenciamento ambiental.

Ainda assim, segundo o BTG, a queda acumulada de cerca de 25% nas ações da Prio nos últimos 12 meses em dólares cria uma oportunidade de entrada interessante para investidores com perfil de risco compatível.