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O recente ataque do Irã a Israel provocou apreensão no mercado financeiro, elevando a volatilidade e gerando incerteza para os investidores.
O principal impacto foi sentido no preço do petróleo, que subiu significativamente devido à preocupação com possíveis interrupções no fornecimento da commodity no Oriente Médio. No dia 13 de abril, o petróleo Brent voltou a superar os US$ 90 por barril.
Para Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos, "em curto prazo, o preço do petróleo irá ser afetado. O petróleo tem trabalhado em um cenário negativo de 1,4% de queda, estabelecendo uma região de intensiva de preço na casa dos US$ 90", avaliou.
Já para Renato Nobile, analista da Buena Vista Capital, o setor de petróleo é um dos principais beneficiados pelo cenário, além das ações cíclicas.
🛢️ "Com esse cenário, Petrobras, PetroRio, Petroreconcavo, 3RPetroleum são muito impactadas de maneira positiva, devido a pressão no preço do barril. As ações cíclicas também são beneficiadas, principalmente as que são voltadas a commodity e commodity", pontuou Nobile.
Além disso, Lourenço também reforçou a intensificação no preço do ouro, que, de outubro de 2023 até os dias atuais, registrou um aumento de quase 29%. "Essa alta já é um reflexo do mercado buscando proteção", analisou.
No entanto, nem todos os setores figuram um bom futuro com o cenário entre Irã e Israel, como é o caso das empresas voltadas ao crescimento e à tecnologia.
"Na ponta negativa, as ações ligadas ao crescimento e tecnologia são as principais impactadas. Como essas empresas têm um crescimento mais acelerado, elas acabam sendo prejudicadas no curto prazo, que é algo que vem acontecendo nos Estados Unidos", explicou Nobile.
Fazendo parte do cenário de volatilidade, um dia após o ataque do Irã, o Bitcoin (BTC) caiu cerca de 8%. A cotação da criptomoeda, que girava em torno de US$ 70 mil no dia 15, caiu para US$ 62 mil.
Com as alterações no tesouro americano e no dólar, os investidores brasileiros também saem perdendo. "No Brasil, o efeito é inverso, visto que, sofremos com a alteração do câmbio, com a alta do petróleo e a questão das ações", disse o analista da Buena Vista.
📉 Um conflito entre Irã e Israel poderia desencadear uma escalada rápida e perigosa na região. Além do grande número de vítimas e danos materiais, o confronto direto deve intensificar o preço do petróleo.
"Caso esse conflito aconteça, o preço do petróleo pode aumentar ainda mais, pode chegar perto dos US$ 100 o barril. Isso acabaria gerando uma pressão inflacionária no mundo, além dos custos em relação à energia", pontuou Lourenço.
No entanto, no atual cenário, o ideal para os dois analistas entrevistados pelo i10, seria o investidor continuar pensando a longo prazo, visto que, o mercado financeiro age com volatilidade.
"Nesse momento, de maior estresse, a pressão é maior em determinados ativos. Mas, essas distorções também são temporárias. O investidor deve minimizar o impacto na carteira, porém, sempre buscando olhar o mercado, nos momentos de queda, com potenciais oportunidades", analisou o profissional da Manchester Investimentos.
No dia 13 de abril, o Irã lançou um ataque à Israel. Foram mais de 300 artefatos, incluindo mísseis e drones, lançados contra o país. As forças de Defesa de Israel afirmaram que conseguiram interceptar 99% dos artefatos, porém, alguns mísseis conseguiram furar a proteção de Israel.
O ataque iraniano foi em resposta ao bombardeio de Israel à embaixada do país na Síria, que matou sete membros da Guarda Revolucionária iraniana, incluindo um comandante sênior da guarda. Caso Israel contra-ataque, militares do Irã prometeram uma ofensiva ainda maior.
Na última quinta-feira (18), o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, disse que Tev Aviv deveria dar uma resposta "desproporcional" ao Irã pelo ataque realizado. Segundo ele, a resposta de Israel deve fazer Teerã "lamentar o momento em que sequer pensou em disparar".
Com as ofensivas aumentando a tensão no Oriente Médio, a comunidade internacional vem se manifestando fortemente. O G7, grupo das sete maiores economias ocidentais, emitiu um comunicado exigindo que o Irã e seus aliados interrompam os ataques em Israel.
💲 O grupo condenou a iniciativa iraniana como "sem precedentes" e manifestou "veemente" solidariedade a Israel e ao seu povo, reafirmando seu compromisso com a segurança do país. Por outro lado, o Brasil expressou "grave preocupação" com os ataques à Israel.
"O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada", disse o governo em nota.
No entanto, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, afirmou que ficou desapontado pelo governo brasileiro não ter condenado o ataque do Irã a Israel na nota divulgada pelo Itamaraty.
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