Com IPCA dentro da meta, Itaú (ITUB4) projeta início dos cortes da Selic em 2026
O banco reduziu a projeção da inflação para 2025 a 4,5% e prevê o juro básico recuando a 12,75% até o fim de 2026.
Os cinco maiores bancos da B3 -Itaú (ITUB4), BTG Pactual (BPAC11), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11)- tiveram um lucro acumulado de R$ 30,4 bilhões no terceiro trimestre de 2025.
Parece muito, mas esse resultado já foi melhor. No mesmo período do ano passado, por exemplo, o lucro combinado desses bancões chegou a R$ 32,2 bilhões.
🏦 O recuo, de aproximadamente 5,8%, reflete a situação desafiadora do Banco do Brasil, que viu seu lucro despencar 60,2% no período devido ao aumento da inadimplência no agronegócio e das provisões.
Afinal, todos os outros bancões da B3 ampliaram seus resultados. O lucro do BTG, por exemplo, disparou 41,5% na comparação com o mesmo período de 2024, puxado por receitas recordes em quase todos os segmentos de negócio e maior rentabilidade.
O Bradesco seguiu seu plano de reestruturação e lucrou 18,8% mais que no mesmo período do ano passado.
O Santander superou as expectativas do mercado, ao entregar um resultado 9,4% maior, favorecido por receitas maiores, despesas controladas e maior eficiência.
O Itaú também não decepcionou e entregou mais um lucro recorde, com alta anual de 11,3%, consolidando-se como o banco mais lucrativo da bolsa.
Já o Banco do Brasil caiu novamente no ranking dos maiores lucros do setor bancário da B3. A instituição já havia sido batida pelo Bradesco no segundo trimestre e, agora, foi passada também pelo Santander.
Veja o lucro dos bancões da B3 no 3T25:
💲 O Banco do Brasil também ficou na "lanterna" na corrida por rentabilidade do setor bancário, pois foi o único bancão da B3 a entregar um ROE (retorno sobre o patrimônio) de apenas um dígito.
O ROE do Banco do Brasil despencou de 21,1% no terceiro trimestre de 2024 para 8,4% no mesmo período deste ano. A expectativa da instituição é chegar a um "dígito duplo baixo" no quarto trimestre e a um "dígito duplo médio" em 2026.
Os outros bancões, por sua vez, podem dizer que já estão no "dígito duplo alto". O BTG, por exemplo, registrou um ROE recorde de 28,10% no terceiro trimestre, mas avisou que pode ser difícil ir muito além disso e, por isso, não descarta uma acomodação do indicador em 2026.
O Itaú também pretende continuar acima dos 20% em 2026. Já o Santander e o Bradesco trabalham para chegar neste patamar.
Compare o ROE dos bancões da B3 no 3T25:
📈 Diante desses resultados, Itaú e BTG Pactual seguem avançando na bolsa e na preferência dos analistas.
As ações preferenciais do Itaú (ITUB4) já subiram mais de 50% no acumulado de 2025. Com isso, o banco superou os R$ 400 bilhões em valor de mercado e chegou a valer mais que a Petrobras (PETR4) em alguns momentos. A estatal, contudo, já virou o jogo.
Já as Units do BTG (BPAC11) quase dobraram de valor neste ano. Por isso, o BTG já aparece como o segundo banco mais valioso do país, atrás apenas do Itaú.
Bradesco, Banco do Brasil e Santander vêm na sequência, mas com desempenhos bem diferentes: BBDC4 está subindo mais de 70% e SANB11 avança cerca de 40% no ano.
Já BBAS3 renovou suas mínimas históricas nos últimos meses e ainda cai quase 7% no acumulado de 2025.
Veja o valor de mercado dos bancões da B3, no fechamento de 13 de novembro:
O banco reduziu a projeção da inflação para 2025 a 4,5% e prevê o juro básico recuando a 12,75% até o fim de 2026.
Banco pegou dinheiro emprestado de investidores, aplicando juros compostos indexados ao CDI.