Ação da Petrobras (PETR4) desabará após corte no querosene de aviação? 

Analistas comentam qual será a tendência da estatal após tais impactos da redução de preço

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Publicado em 26/09/2024 às 14:36h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 26/09/2024 às 14:36h Atualizado 1 minuto atrás por Lucas Simões
Ação da Petrobras deve sofrer mais se baixar gasolina e diesel (Imagem: Shutterstock)

📉 As ações da Petrobras (PETR4) chegaram a cair 3% nesta quinta-feira (26), em meio à reação do mercado com o anúncio de corte em 9,1% no preço do querosene de aviação comercializado pela estatal.

Quando de fato a redução anunciada for repassada nas bombas, o querosene de aviação da Petrobras vai abrir mão de uma rentabilidade de 16,4% no acumulado de 2024. Tal cálculo chega a cair em um terço se o comparativo for feito em relação a dezembro de 2022.

Portanto, seria o querosene de aviação mais um gatilho de baixa consistente para as ações da petroleira? Na visão da Ativa Investimentos, não é para tanto.

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Preocupação com PETR4 é outra

Para a Petrobras, a redução do preço do querosene de aviação não causa impactos à sua ação, conforme a corretora, dado que o produto representa atualmente apenas cerca de 6% do volume de combustível vendido pela empresa no mercado doméstico.

"No entanto, a possibilidade de haver cortes na gasolina e no diesel lança uma luz amarela sobre a petroleira", enfatiza o time de analistas da Ativa, que reiteram recomendação neutra à Petrobras, com preço-alvo de R$ 44 por ação.

 Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) e o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), não haveria espaço para reduções da gasolina e do diesel pela estatal agora.

Isso porque há uma pequena defasagem nos preços pelos quais estes combustíveis são comercializados aqui no Brasil pela Petrobras frente aos valores praticados no mercado internacional.