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A tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre os produtos brasileiros deve afetar diversos setores (e, consequentemente, empresas) da economia nacional.
💲 Isso porque os Estados Unidos são o segundo principal destino das exportações brasileiras, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior. E a pauta exportadora é ampla, passando por commodities a bens industriais.
O produto brasileiro mais comprado pelos americanos é o petróleo. Só no primeiro semestre deste ano, foram US$ 2,37 bilhões em vendas.
As exportações de ferro, aço, café e aeronaves também chegaram à casa do bilhão. Contudo, os produtores de carne, celulose e suco de laranja também destinam boa parte da sua produção para os Estados Unidos e, por isso, acompanham com preocupação as tarifas de Trump.
⛽ Apesar de o petróleo despontar no topo das exportações brasileiras para os Estados Unidos, o BTG Pactual vê um impacto limitado das tarifas para o setor.
"Embora os EUA sejam um destino importante, a exposição do Brasil ao mercado americano é relativamente contida, e o petróleo é uma commodity globalmente líquida", afirmou o BTG Pactual, dizendo que o Brasil pode redirecionar os barris exportados para os EUA para refinarias na Ásia, Europa ou Oriente Médio.
Os analistas acreditam, então, que a Petrobras (PETR4) será "minimamente impactada" pela tarifa e que as petroleiras juniores listadas na B3 também não devem sofrer, já que produzem quase que totalmente para o mercado interno.
Já o setor de ferro de aço já vinha sendo taxado em 50% pelos Estados Unidos desde o início de junho. Ainda não está claro se essa tarifa seguirá dessa forma ou dobrará. Contudo, as atenções se recaem, sobretudo, sobre Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3).
🥩 Olhando para o setor agropecuário, o BTG vê um impacto limitado da tarifa. Isso porque as exportações para os Estados Unidos respondem por apenas 2% das receitas da Marfrig (MRFG3) e 5% do faturamento da Minerva (BEEF3).
O BTG, por outro lado, alerta para o risco de perdas mais significativas para os exportadores de celulose, máquinas e aeronaves, como Suzano (SUZB3), Weg (WEGE3) e Embraer (EMBR3).
Para os analistas do banco, a Suzano deve ser a empresa listada na bolsa mais afetada pela tarifa de Trump, pois aproximadamente 19% da sua receita vem da América do Norte.
✈️ Já a XP vê riscos sobretudo para a Embraer, já que a companhia usa componentes brasileiros para montar aeronaves em solo americano.
O Itaú BBA também cita Tupy (TUPY3) e Mahle Metal Leve (LEVE3) como potencialmente afetada, além da Weg, que geram boa parte da sua receita nos Estados Unidos.
Só no primeiro semestre deste ano, o Brasil exportou US$ 20 bilhões em produtos para os Estados Unidos. Os americanos receberam, portanto, 12% de todas as exportações brasileiras no período.
📊 Em contrapartida, o Brasil importou US$ 21,7 bilhões em produtos americanos. Logo, o saldo da balança comercial foi positivo para os Estados Unidos.
Nos últimos 16 anos, o saldo comercial também foi positivo para os Estados Unidos, apesar de Donald Trump ter alegado que o Brasil causa "déficits comerciais insustentáveis" para os Estados Unidos ao anunciar a tarifa de 50% nessa quarta-feira (9).
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, a última vez que o Brasil teve superávit comercial na relação com os Estados Unidos foi em 2008, ano em que a economia americana foi contaminada pela crise financeira.
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