Setor financeiro engatilha queda de 0,36% no Ibovespa; Bradesco tem pior desempenho

Ações do Bradesco protagonizaram o pior desempenho no mercado, com queda de 15%

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Publicado em 07/02/2024 às 18:43h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 07/02/2024 às 18:43h Atualizado 3 meses atrás por Jennifer Neves
Bolsa de valores - Shutterstock

💸 O principal índice acionário da Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa, terminou esta quarta-feira (7) em baixa de 0,36%, aos 129.949,9 pontos e com volume negociado de R$ 27,64 bilhões. No pregão, as ações da Petz (PETZ3) se destacaram pela tarde, com aumento de 9,49%, a R$ 3,47. Os papéis passaram por um leilão devido à oscilação máxima permitida, com a venda de 100 ações.

Enquanto isso, as ações da Vale (VALE3) conseguiram manter ganhos estáveis em 0,20%, apesar da notícia de que o Conselho de Administração só se reunirá após o carnaval para discutir a sucessão ou permanência do atual CEO, Eduardo Bartolomeo.

No setor metálico, apesar da ausência do forte desempenho do minério de ferro, as ações operaram em alta. CSN (CSN3), +2,45%;Usiminas (USIM5),+1,19% e Gerdau (GGBR4), +0,55% lideraram os ganhos vespertinos.

Entretanto, o sentimento em relação ao Bradesco(BBDC4) piorou abruptamente. A expectativa de que seu plano estratégico pudesse atenuar as perdas não se concretizou, resultando em um declínio de 15,24% nas ações preferenciais e de 12,74% nas ordinárias. Com um peso significativo de 3,8% no Ibovespa, a desvalorização do Bradesco foi a maior influência negativa no índice.

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O desapontamento dos investidores gerou uma perda de R$ 23 bilhões no valor de mercado do Bradesco, com as ações negociadas a R$ 14,06 (PN) e R$ 12,66 (ON), os valores mais baixos desde novembro do ano passado.

Entre seus concorrentes, o Santander (SANB11) também registrou queda de 2,15%, enquanto Banco do Brasil( BBAS3),-0,60% e Itaú (ITUB4), -0,89% tiveram perdas mais moderadas.

O BTG Pactual (BPAC11) foi uma exceção, registrando um aumento de 0,83%. O Banco do Brasil encerrará a temporada de resultados do setor na próxima quinta-feira (8), após o fechamento do mercado.

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As três ações que mais valorizaram no dia:

Maiores baixas:

Cenário externo

Os juros futuros começaram a subir, alcançando máximas em consonância com a pressão crescente no mercado de Treasuries, que também afetou o câmbio. Essa movimentação ocorreu após comentários de dirigentes do Fed (Federal Reserve). Susan Collins, presidente do banco central americano em Boston, indicou que as taxas de juros nos Estados Unidos estão em um nível condizente com a redução da inflação para a meta de 2%, se mantidas por tempo suficiente.

Por outro lado, Tom Barkin, presidente do Fed de Richmond, alertou que o mercado de trabalho continua robusto e que o crescimento dos salários e a inflação dos serviços permanecem elevados.

O dólar e o euro subiram 0,12% e 0,34% frente ao real na sessão, atingindo os R$ 4,97 e R$ 5,35, respectivamente. Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 0,82%, 0,4%, 0,95%, respectivamente.