Renda fixa no exterior em 2026? Analistas revelam taxas de até Dólar+ 5,70% ao ano

Emprestar dinheiro para empresas americanas ou comprar dívida em dólar de companhias brasileiras.

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Publicado em 15/12/2025 às 16:19h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 15/12/2025 às 16:19h Atualizado 1 minuto atrás por Lucas Simões
Corporate Bonds da Petrobras pagam variação do dólar e taxa de 5,68% ao ano até 2033 (Imagem: Shutterstock)
Corporate Bonds da Petrobras pagam variação do dólar e taxa de 5,68% ao ano até 2033 (Imagem: Shutterstock)
O Brasil segue como a terra da renda fixa, mas os investimentos no exterior ainda apresentam ganhos de até Dólar+ 5,70% ao ano nesta virada para 2026. Tanto que analistas do BTG Pactual dedicaram um relatório inteiro só para falar das oportunidades em Corporate Bonds (Títulos de Renda Fixa Corporativos Americanos).
Da mesma forma que emprestar dinheiro ao governo brasileiro no Tesouro Direto é bem menos arriscado do que aplicar em CRAs, CRIs e debêntures, que costumam pagar juros compostos maiores, nos Estados Unidos, os corporate bonds pagam taxas de retorno bem superiores aos títulos do governo americano.
Para se ter uma ideia, um título do governo dos EUA, com vencimento em outubro de 2032, remunera taxa prefixada de 3,56% ao ano. Ou seja, quem aplica neste tipo de renda fixa no exterior ganha a variação do dólar no período e mais essa taxa próxima de 3,50% ao ano até o vencimento em 2032.
Já o time de analistas de investimentos globais, do BTG Pactual, aponta que os corporate bonds emitidos pela empresa americana de computação Dell Technologies (DELL) oferecem taxa prefixada de 4,60% ao ano, com a devolução do dinheiro emprestado em outubro de 2032.
Dessa forma, o título de renda fixa emitido pela Dell Technologies se compromete a entregar a variação cambial também até 2032, mas com uma remuneração de 4,60% ao ano, que supera a taxa de 3,50% ao ano oferecida pelos títulos do governo dos EUA.
"Os Corporate Bonds desempenham um papel importante na diversificação de carteiras e oferecem retornos mais altos do que os títulos emitidos pelo Tesouro Americano, devido ao maior risco associado. Acreditamos que uma carteira com prazo médio de cinco anos ofereça, neste momento, a melhor relação risco/retorno", pondera o time de especialistas do BTG Pactual, em relatório.
Para o banco, uma carteira diversificada de renda fixa no exterior equilibra o potencial de ganho com a exposição a oscilações de mercado, especialmente em um cenário de incertezas econômicas que se desenha em 2026.

Renda fixa em dólar por empresas brasileiras

Renda fixa em dólar por empresas americanas