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A Americanas (AMER3) saltou quase 40% na B3 depois que agrupou as suas ações, há uma semana. Com isso, deixou para a Infracommerce (IFCM3) o título de "ação mais barata da bolsa brasileira".
📈 As ações da Americanas chegaram à mínima de R$ 0,05 no fechamento de 26 de agosto, mas saltaram para R$ 5 no dia seguinte com o grupamento realizado pela empresa, na proporção de 100 para 1.
Passada uma semana, o papel era negociado por R$ 6,98 no fechamento desta segunda-feira (2), impulsionado pela tentativa da empresa de avançar com seu plano de recuperação judicial.
A Americanas anunciou nesta segunda-feira (2) a contratação da Centria Capital Partners Consultoria para ajudá-la na busca de um comprador para as marcas Ame Digital, Shoptime e Submarino.
Além disso, a varejista contratou o CEO da Domino's Brasil e ex-Ambev (ABEV3), Fernando Dias Soares, para a vice-presidência de Operações. O objetivo é "otimizar processos e gerar sinergias" entre as diferentes seções da empresa.
Com isso, a Americanas contrariou a expectativa de analistas que projetavam novas quedas para o papel depois do grupamento e se afastou do grupo das "penny stocks" da B3, ou seja, das ações que valem centavos.
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De acordo com levantamento da Elos Ayta Consultoria, sete ações são negociadas por menos de R$ 1 na bolsa brasileira atualmente. A mais barata delas é a da Infracommerce, que era negociada R$ 0,15 no fechamento desta segunda-feira (2).
Veja as penny stocks da B3:
A B3, no entanto, impõe limites às chamadas penny stocks, por causa da alta volatilidade desses papeis. Por isso, muitas dessas empresas avaliam agrupar as suas ações, assim como fez a Americanas, para enquadrar a cotação dos papeis acima de R$ 1.
A PDG Realty (PDGR3), segunda ação mais barata da B3 no momento, por exemplo, já está com o grupamento marcado para 18 de outubro. A medida foi aprovada em assembleia de acionistas realizada em 10 de julho, na proporção de 10 para 1.
A Coteminas (CTNM4) também aprovou um grupamento, na proporção de 5 para 1, no último dia 16 de agosto. Contudo, ainda não informou quando a operação será efetivada.
Já a Kora Saúde (KRSA3) pretende agrupar as suas ações na proporção de 10 para 1. Por isso, convocou uma assembleia extraordinária de acionistas para deliberar sobre o assunto no próximo dia 10 de setembro.
A João Fortes Engenharia (JFEN3) também convocará uma assembleia sobre o assunto. A empresa, por sua vez, pensa em agrupar lotes de 20 ações em um único papel e deve colocar o assunto para deliberação dos acionistas em 10 de outubro.
A Westwing (WEST3) avalia seguir o mesmo caminho, mas tem até 28 de janeiro para enquadrar o valor das suas ações acima de R$ 1. Por isso, o Conselho de Administração da empresa ainda vai avaliar a proposta de grupamento que será submetida à avaliação dos acionistas.
Já a Renova Energia (RNEW4) não descartou a possibilidade do grupamento, mas espera que o avanço do seu plano de recuperação judicial seja o suficiente para elevar o preço do papel.
Notificada pela B3 por causa do valor das suas ações, a Renova Energia disse em 30 de julho que "acredita que está tomando as medidas necessárias para o reenquadramento da cotação das suas ações, em especial com relações às obrigações contidas no plano de recuperação judicial". Contudo, afirmou que avaliará o grupamento se essas medidas não forem suficientes.
🗓️ Dona da "ação mais barata da B3", a Infracommerce já foi notificada pela B3 por causa do valor das suas ações e tem até 8 de novembro para fazer com que o papel seja negociado acima de R$ 1. Contudo, ainda não falou em grupamento.
Em maio, a Infracommerce disse que seguiria monitorando o desempenho do papel e avaliaria, dentro desse prazo, "as alternativas para o reenquadramento tempestivo da cotação das ações ao seu patamar mínimo, se assim for necessário e aplicável".
A companhia também disse à época que estava "avaliando a tomada de determinadas medidas no âmbito de seu plano estratégico, cujo resultado eleve a cotação das ações acima de R$ 1,00".
Em 13 de agosto, a Infracommerce anunciou um acordo com credores para alongar dívidas de até R$ 650 milhões. Além disso, reportou um prejuízo de R$ 1,5 bilhão no segundo trimestre de 2024. Desde então, a desvalorização da ação se acentuou na bolsa.
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