PRIO3: Lucro líquido vai a US$ 1,074 bilhão no 4T24, alta de 231%
No ano anterior, o Ebitda totalizou US$ 1,675 bilhão.
A Prio (PRIO3) fez um acordo bilionário com a Equinor (E1QN34) para adquirir a totalidade do campo de Peregrino, na Bacia de Campos.
💲 A companhia já havia comprado uma participação de 40% do campo em setembro de 2024, em um negócio firmado com a SPEP Energy Hong Kong Limited e a Sinochem International Oil. Agora, vai pagar até US$ 3,35 bilhões pelos 60% restantes, que eram da Equinor.
"Assim, o campo de Peregrino passará a ser detido e operado integralmente pela Prio", anunciou a empresa, nessa quinta-feira (1º).
O negócio deve impulsionar a produção de petróleo da Prio. Afinal, o campo de Peregrino tem capacidade para produzir 100 mil barris de petróleo por dia de petróleo. Contudo, apenas 40% dessa produção já estavam nas contas da empresa brasileira.
No primeiro trimestre de 2025, por exemplo, a Prio produziu um total de 109,29 mil barris de óleo equivalente por dia, sendo 38,24 mil provenientes de Peregrino. Já a Equinor produziu 55 mil barris por dia no campo.
⛽ De acordo com a companhia brasileira, o negócio ainda vai agregar 202 milhões de barris de reservas e recursos 1P+1C.
A expectativa, no entanto, é de que a compra dos 60% restantes de Peregrino seja concluída apenas entre o final de 2025 e meados de 2026.
A operação depende de algumas condições precedentes, como a aprovação da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Segundo a Equinor, o negócio prevê o pagamento de uma contrapartida de US$ 3,35 bilhões e até US$ 150 milhões em juros. O valor final vai refletir a data de fechamento da transação e quaisquer deduções geradas pelo ativo desde a data efetiva, que é 1º de janeiro de 2024.
Por isso, o pagamento será realizado em duas parcelas, uma na assinatura e outra mais próxima do fechamento.
📊 A Prio pretende usar recursos já disponíveis na sua conta corrente e o caixa que será usado até o fechamento da operação para pagar essa aquisição. Além disso, prevê um aumento temporário do nível de alavancagem para aproximadamente 2,0x Net Debt / EBITDA.
Em comunicado ao mercado, a companhia avaliou que a sua alavancagem "permanecerá dentro de faixas saudáveis e conservadoras".
Analistas da XP concordam que a "a alavancagem não é uma preocupação significativa" e calculam que o índice pode até ficar abaixo de 2x dependendo do preço médio do barril de petróleo.
"O acordo é um catalisador importante e esperamos uma reação positiva das ações", disseram os analistas.
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Apesar do desinvestimento em Peregrino, a Equinor reafirmou a intenção de manter investimentos no Brasil nessa quinta-feira (1º).
Vice-Presidente Executivo de Exploração e Produção Internacional da companhia, Philippe Mathieu disse que o negócio com a Prio "faz parte do esforço contínuo da Equinor para elevar a classificação de seu portfólio internacional por meio de desinvestimentos e aquisições de ativos".
Contudo, garantiu que a empresa continua vendo "potencial de crescimento e oportunidades para estender a longevidade do portfólio internacional de petróleo e gás, também no Brasil".
Segundo o executivo, a Equinor agora vai se concentrar no início das operações do campo de Bacalhau e no desenvolvimento do projeto de gás de Raia.
"Com esses dois projetos em operação e nossa parceria em Roncador, nossa produção de capital próprio no Brasil chegará perto de 200.000 barris por dia até 2030", afirmou.