Fusão Marfrig-BRF: Família fundadora da Sadia contesta preços
Acionistas protocolam reclamação junto à CVM.
🚨 A disputa pela fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) ganhou novos contornos nesta terça-feira (17).
A Previ, fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, comunicou ao mercado a redução de sua participação acionária na BRF de 5,0063% para 4,9333%, totalizando agora 93 milhões de ações ordinárias.
A movimentação ocorre em meio à resistência da fundação à proposta de combinação de negócios entre as duas gigantes do setor alimentício.
Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, a Previ ingressou com ação na Justiça contra a fusão.
O movimento amplia a tensão em torno da operação, que enfrenta questionamentos por parte de acionistas minoritários e agora também de investidores institucionais relevantes.
Também nesta terça-feira, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu suspender por 21 dias a assembleia geral extraordinária que estava marcada para quarta-feira (18).
O objetivo da reunião seria deliberar sobre a proposta de incorporação da BRF pela Marfrig, que já detém uma participação controladora na empresa.
A suspensão ocorre após uma representação da gestora Latache Capital, acionista minoritária da BRF, que solicitou mais tempo para análise da proposta.
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No último domingo (15), a BRF divulgou o resultado parcial da votação online feita com seus acionistas.
Até o momento, considerando 51% do capital votante, 69% dos investidores se mostraram favoráveis à fusão.
O dado foi destacado em relatório pelo Goldman Sachs, que vê o adiamento da assembleia como um novo capítulo em um processo já conturbado.
O banco reiterou sua recomendação de compra para as ações da Marfrig, com preço-alvo de R$ 27,60 — o que representa um potencial de valorização de 10,4% frente ao último fechamento.
A proposta de incorporação prevê que a Marfrig assuma integralmente o controle da BRF por meio de uma troca de ações.
A transação tem o objetivo de consolidar operações e gerar sinergias operacionais e financeiras entre as duas empresas.
No entanto, parte dos acionistas — como a Previ — teme que a operação possa prejudicar os minoritários da BRF, especialmente em relação à governança e à avaliação justa dos ativos.
📈 Com a redução da posição acionária e o ingresso na Justiça, a Previ sinaliza que pretende exercer influência ativa no desfecho dessa fusão.
Acionistas protocolam reclamação junto à CVM.
Duas carteiras são compostas por ações de empresas mais ou menos expostas à moeda