Previ, do Banco do Brasil, defende venda da Neoenergia (NEOE3) e fala em ‘eficiência de gestão’

Fundo de pensões conseguiu ágio de 15% nas ações vendidas por R$ 32,50

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Publicado em 11/09/2025 às 13:14h - Atualizado 20 minutos atrás Publicado em 11/09/2025 às 13:14h Atualizado 20 minutos atrás por Wesley Santana
Fundo de previdência dos funcionários públicos tem bilhões sob gestão (Imagem: Shutterstock)
Fundo de previdência dos funcionários públicos tem bilhões sob gestão (Imagem: Shutterstock)

Nesta quinta-feira (11), a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) anunciou a venda de todas as ações que possuía da Neoenergia (NEOE3). A operação, de R$ 12 bilhões, foi fechada com a empresa espanhola Iberdrola, que já tinha um volume maior de papéis.

Para o presidente do fundo de pensão do BB (BBAS3), a venda do ativo é mais que estratégia, pois representa também uma eficiência na gestão dos ativos. O contrato entregou um ágio de R$ 2 bilhões para a Previ, já que foi fechado acima do valor das ações no mercado.

“Mais do que a relevância financeira do negócio, a operação reforça nossa disciplina na gestão dos ativos, a busca por eficiência e a geração de valor para os associados”, disse Cláudio Gonçalves, diretor de investimentos da Previ, em entrevista ao Valor. “Nunca perdendo de vista os princípios de responsabilidade fiduciária, governança e prudência que norteiam nossa atuação há mais de um século”.

A Previ fez parte do capital social da Neonergia desde a fundação da companhia, ainda nos anos 1990. Nos últimos anos, depois que a companhia de eletricidade fez seu IPO, o fundo coletou bons frutos do seu investimento.

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“A venda da participação na Neoenergia é resultado de uma análise criteriosa, alinhada ao nosso planejamento estratégico e ao compromisso permanente com a sustentabilidade de longo prazo dos recursos que administramos”, finaliza o executivo.

No acordo fechado entre a Previ e a Iberdrola, as empresas acordaram por 30,3% das ações da companhia, negociadas por R$ 32,50. O valor foi acima dos R$ 28 que as ações da empresa operavam no fim do pregão da quarta (10), dia anterior ao acordo.

Desta forma, a nova sócia majoritária passa a deter 83% do capital social da Neoenergia. Esse volume de ações abre caminho para o pedido de uma OPA (Oferta Pública de Aquisição), quando uma companhia compra todas os papeis que circulam na bolsa de valores.