Neoenergia (NEOE3) distribuirá R$ 1,084 bilhão em dividendos e JCP
O pagamento dos dividendos será realizado até fevereiro de 2026, enquanto os JCP serão quitados até dezembro do mesmo ano.
Nesta quinta-feira (11), a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) anunciou a venda de todas as ações que possuía da Neoenergia (NEOE3). A operação, de R$ 12 bilhões, foi fechada com a empresa espanhola Iberdrola, que já tinha um volume maior de papéis.
Para o presidente do fundo de pensão do BB (BBAS3), a venda do ativo é mais que estratégia, pois representa também uma eficiência na gestão dos ativos. O contrato entregou um ágio de R$ 2 bilhões para a Previ, já que foi fechado acima do valor das ações no mercado.
“Mais do que a relevância financeira do negócio, a operação reforça nossa disciplina na gestão dos ativos, a busca por eficiência e a geração de valor para os associados”, disse Cláudio Gonçalves, diretor de investimentos da Previ, em entrevista ao Valor. “Nunca perdendo de vista os princípios de responsabilidade fiduciária, governança e prudência que norteiam nossa atuação há mais de um século”.
A Previ fez parte do capital social da Neonergia desde a fundação da companhia, ainda nos anos 1990. Nos últimos anos, depois que a companhia de eletricidade fez seu IPO, o fundo coletou bons frutos do seu investimento.
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“A venda da participação na Neoenergia é resultado de uma análise criteriosa, alinhada ao nosso planejamento estratégico e ao compromisso permanente com a sustentabilidade de longo prazo dos recursos que administramos”, finaliza o executivo.
No acordo fechado entre a Previ e a Iberdrola, as empresas acordaram por 30,3% das ações da companhia, negociadas por R$ 32,50. O valor foi acima dos R$ 28 que as ações da empresa operavam no fim do pregão da quarta (10), dia anterior ao acordo.
Desta forma, a nova sócia majoritária passa a deter 83% do capital social da Neoenergia. Esse volume de ações abre caminho para o pedido de uma OPA (Oferta Pública de Aquisição), quando uma companhia compra todas os papeis que circulam na bolsa de valores.
O pagamento dos dividendos será realizado até fevereiro de 2026, enquanto os JCP serão quitados até dezembro do mesmo ano.
Elétrica com atuação em 18 estados brasileiros, especialmente no Nordeste, distribuirá juros sobre o capital próprio.