Petrobras (PETR4) reduz preço da gasolina e avalia investir na Venezuela

Diferente da gasolina, diesel terá preço elevado em R$ 0,25 o litro a partir de sábado (21)

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Publicado em 20/10/2023 às 21:51h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 20/10/2023 às 21:51h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (Shutterstock)

A Petrobras (PETR4) anunciou nesta quinta-feira (19) mais uma mudança nos preços dos combustíveis. A companhia vai reduzir os preços da gasolina e aumentar os do diesel. Além disso, revelou que avalia voltar a investir na Venezuela.

Em comunicado publicado após o fechamento do mercado, a Petrobras disse que reduzirá em R$ 0,12 o preço médio de venda do litro de gasolina A para as distribuidoras a partir de sábado (21). Com isso, o preço médio do litro passará para R$ 2,81.

"Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,05 a cada litro vendido na bomba", informou.

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Por outro lado, o preço médio do diesel A será elevado em R$ 0,25 o litro a partir de sábado (21). Com isso, o litro do combustível será vendido por aproximadamente R$ 4,05 para as distribuidoras. Neste caso, a parcela da Petrobras no preço final cobrado ao consumidor será em média de R$ 3,56 por litro, considerando a mistura de 12% de biodiesel ao diesel.

Já no acumulado do ano, ambos os combustíveis apresentam queda nos preços cobrados às distribuidoras. Segundo a Petrobras, a redução foi de R$ 0,27 por litro no caso da gasolina e de R$ 0,44 por litro no diesel.

Política de preços

A redução dos preços da gasolina ocorre em meio a uma escalada dos preços internacionais do petróleo, por causa da guerra entre Israel e Hamas. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já havia dito, inclusive, que os combustíveis poderiam ficar mais caros com o conflito.

Em nota, a Petrobras disse que o ajuste foi possível por causa do "fim do período sazonal de maior demanda global" da gasolina, que leva a uma "maior disponibilidade e desvalorização do produto frente ao petróleo".

A estatal disse ainda que a sua nova política de preços, que substituiu a política de paridade internacional neste ano, "incorporou parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística" da companhia. Por isso, "permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando períodos de estabilidade de preços aos seus clientes".

Venezuela

Ainda nesta quinta-feira (19), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que "pensa seriamente" em retomar os investimentos na Venezuela agora que os Estados Unidos reduziram as sanções ao petróleo venezuelano. As sanções foram derrubadas na quarta-feira (18), depois que a Venezuela concordou em fazer eleições livres e monitoradas em 2024.

"Vamos colocar a Venezuela no mapa de novo", afirmou Prates.

Ele disse ainda que a possível retomada dos investimentos no país vizinho não está relacionada a questões políticas ou ideológicas. Segundo ele, a Venezuela precisa de investimentos e é um dos países que ainda tem condições de produzir grande quantidades de petróleo. Prates falou, então, que "os Estados Unidos estão olhando 30 anos à frente" ao reduzir as sanções ao petróleo venezuelano.