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Petrobras (PETR4) reportou um crescimento de 18,4% na produção de petróleo no Brasil no terceiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Segundo o Relatório de Produção e Vendas divulgado nesta sexta-feira (24), a estatal alcançou uma média de 2,52 milhões de barris por dia (bpd) entre julho e setembro, frente aos 2,12 milhões de bpd registrados no terceiro trimestre de 2024.
O desempenho foi impulsionado principalmente por dois fatores operacionais, como o atingimento da capacidade máxima do FPSO Almirante Tamandaré, no campo de Búzios — um dos ativos mais produtivos da companhia — e o aumento de produção do FPSO Marechal Duque de Caxias, localizado no campo de Mero, outro polo importante no pré-sal da Bacia de Santos.
No consolidado da produção de petróleo e gás natural, a Petrobras também mostrou desempenho robusto. A produção total atingiu a marca de 3,14 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), representando uma alta de 16,9% em relação ao mesmo intervalo de 2024.
O resultado reforça a tendência de crescimento sustentado da produção no pré-sal, que já representa a maior parte da geração de petróleo da companhia. A performance operacional sólida pode impactar positivamente os números do balanço financeiro do terceiro trimestre, que será divulgado nas próximas semanas.
Visão do mercado para o 3T25
Analistas de mercado apontam a alta na produção como o principal motor para os resultados do 3T25.
De acordo com a XP Investimentos, o aumento na oferta de petróleo é o fator central da expectativa de resultados financeiros sequencialmente mais fortes para a companhia, ainda que haja um intervalo natural entre o crescimento da produção e o reflexo nas vendas.
“O aumento da produção é o principal fator para nossa expectativa de resultados financeiros sequencialmente mais fortes – embora alertemos que o aumento nas vendas às vezes sucede o aumento da produção”, destacou a XP em relatório.
A corretora projeta que o Ebitda ajustado da Petrobras cresça 10,8% em relação ao segundo trimestre, chegando a cerca de US$ 11,3 bilhões, enquanto o lucro líquido pode apresentar queda de 8,5%, para US$ 4,3 bilhões, refletindo variações no preço do petróleo e despesas não recorrentes.
📊 Do ponto de vista do fluxo de caixa livre para o acionista (FCFE), a projeção da XP é de US$ 2,7 bilhões, com dividendos estimados em US$ 2,3 bilhões, o que implicaria em um
dividend yield de aproximadamente 3,3%.