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A Petrobras (PETR4) aprovou nesta quinta-feira (23) o seu plano estratégico para o período 2024-2028. O plano, negociado nos últimos dias com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), prevê US$ 102 bilhões em investimentos nos próximos cinco anos.
O volume de investimentos, o Capex, aprovado pela Petrobras é 31% maior que o do plano estratégico anterior. O plano anterior previa US$ 78 bilhões em investimentos no período 2023-2027.
"O aumento do CAPEX está associado principalmente a novos projetos, incluindo potenciais aquisições; à ativos que estavam em desinvestimentos e voltaram para a carteira de investimentos da companhia; e à inflação de custos, que impactou toda a cadeia de suprimentos", afirmou a companhia.
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Além de retomar investimentos em ativos que haviam saído do foco da estatal, como as obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco; a Petrobras destina uma atenção especial a projetos de energia sustentável e de baixo carbono neste plano estratégico.
"Primeiro plano desta gestão, o PE 2024-28+ visa preparar a Petrobras para o futuro e fortalecer a companhia iniciando um processo de integração de fontes energéticas essencial para uma transição energética justa e responsável", afirmou a Petrobras, em fato relevante.
Os investimentos previstos para a Petrobras nos próximos cinco anos consideram projetos já em implantação (US$ 91 bilhões), mas também projetos que ainda estão em avaliação pela companhia (US$ 11 bilhões). O objetivo é, sobretudo, elevar a produção de óleo e gás e a capacidade de processamento das refinarias.
O total de US$ 102 bilhões de investimentos está dividido em quatro áreas estratégicas:
“Aumentamos os investimentos totais da Petrobras com responsabilidade, foco na disciplina de capital e compromisso de manter o endividamento sob controle", afirmou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que se reuniu com o presidente Lula nos últimos dias para fechar os detalhes do novo plano estratégico da Petrobras.
Prates também destacou a ampliação dos investimentos em baixo carbono. Segundo ele, a ideia "é fazer a transição energética de forma gradual, responsável e crescente, investindo em novas energias e sem abrir mão, de uma hora para outra, da produção de petróleo ainda necessária para atender a demanda global de energia e financiar a transição energética".
Principal área de investimentos da Petrobras, a produção e exploração de petróleo terá US$ 73 bilhões em recursos nos próximos cinco anos. E 67% disso serão destinados ao pré-sal.
A companhia pretende atingir a produção de 3,2 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia em cinco anos e estima que 79% dessa produção virão do pré-sal. Veja a produção total estimada para cada ano, em milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia:
Para isso, a Petrobras considera a entrada de operação de 14 novas plataformas de petróleo entre 2024 e 2028. Dessas plataformas, 10 já foram contratadas. As próximas já podem ser de uma nova geração, "mais modernas, mais tecnológicas, mais eficiente e com menores emissões".
Apesar do foco no pré-sal, a Petrobras também destinará parte importante dos recursos para a exploração de petróleo na Margem Equatorial,. A região fica na costa Norte do Brasil, entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte, e vem sendo chamada de novo pré-sal.
Segundo o plano estratégico 2024-2028, a companhia destinará US$ 3,1 bilhões para exploração na Margem Equatorial e o mesmo valor para a exploração de Bacias do Sudeste, além de US$ 1,3 bilhão para exploração em outros países.
O Ibama concedeu autorização para a Petrobras perfurar dois blocos da Margem Equatorial, na Bacia de Potiguar, no Rio Grande do Norte, em setembro. O novo plano estratégico da petroleira ressalta que os investimentos previstos para os próximos cinco anos contemplam a perfuração de poços em áreas onde a companhia possui direito de exploração em blocos adquiridos.
As atividades de refino, transporte e comercialização terão US$ 17 bilhões em investimentos nos próximos cinco anos. O objetivo é ampliar a capacidade de processamento nas refinarias em 225 mil bpd (barris por dia) e a produção de diesel S-10 em mais de 290 mil bpd até 2029.
Para a Petrobras, essa meta será possível por meio da entrada de novos projetos, como o trem dois da Refinaria Abreu e Lima, da ampliação e modernização de unidades atuais, e da implantação de novas unidades de produção de diesel.
Neste campo, a companhia também pretende aumentar gradualmente a oferta de produtos para o mercado de baixo carbono. Por isso, prevê investimentos de US$ 1,5 bilhão em biorrefino. O recurso destina-se especialmente à produção de Diesel R5, que tem 5% de conteúdo renovável, além da instalação de plantas de diesel 100% renovável e BioQav, o combustível sustentável de aviação. Essas plantas, contudo, serão concluídas só após 2028.
Este capítulo do plano estratégico ainda prevê investimentos na produção de fertilizantes e no segmento petroquímico, além da remoção de gargalos logísticos.
Já o segmento de gás e energia receberá US$ 3 bilhões em investimentos até 2028. Neste caso, a prioridade da Petrobras é ampliar a infraestrutura e a oferta de gás natural, sobretudo com a inserção de fontes renováveis.
A Petrobras pretende destinar até US$ 11,5 bilhões para projetos de baixo carbono nos próximos cinco anos. O volume mais do que dobrou em relação ao plano estratégico anterior (US$ 4,4 bilhões). Segundo a companhia, o recurso está diluído em diversos segmentos de negócio, como biorrefino, energia eólica e solar, captura, utilização e armazenamento de carbono e hidrogênio.
Os investimentos em baixo carbono devem representar cerca de 6% do Capex da Petrobras em 2024. Mas a estatal quer que esse número alcance 16% em 2028. Por isso, prevê uma ampliação gradual desses investimentos nos próximos anos, com uma média de 11% no período 2024-2028. Veja a evolução prevista para o Capex em baixo carbono:
O objetivo da Petrobras é reduzir suas emissões de carbono em 30% até 2030 e neutralizar as emissões nas operações sob seu controle até 2050.
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