Petrobras (PETR4) recupera valor de mercado pré-crise dos dividendos
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
Nesta quinta-feira (4), durante uma reunião, os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil) chegaram a um acordo para liberar os dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4) que estavam retidos, segundo apuração da coluna da Malu Gaspar, do jornal "O Globo".
💸 De acordo com a coluna, a decisão dos ministros foi por distribuir 100% dos dividendos extraordinários da Petrobras, o que representa R$ 43,9 bilhões.
Agora, a definição será submetida ao Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, na sexta-feira (5), está prevista uma reunião entre Lula e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
Segundo o jornal "O Estado de São Paulo", ainda nesta quinta-feira, o presidente Lula solicitou à Petrobras que analisasse os números antes de decidir sobre a distribuição de dividendos em abril. Lula só deve aprovar ou rejeitar a distribuição dos proventos após ter acesso aos dados da estatal.
💲 Após veredito do presidente, o tema será levado para a avaliação do Conselho de Administração da Petrobras, em uma reunião que deve acontecer no dia 19 de abril.
Com a divulgação do acordo entre os ministros, os papéis ordinários (PETR3) subiram 2,88%, negociados a R$ 40,43, por volta das 14h01, enquanto os papéis preferenciais (PETR4), registraram alta de 1,41%, a R$ 38,96.
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Em março, a petroleira optou por não distribuir dividendos extraordinários aos seus acionistas, limitando a oferecer a remuneração regular. Na decisão de não distribuir os proventos, seis dos 11 conselheiros, representando o Governo Federal, que detém a maioria das ações, optaram por reter. No entanto, Prates se absteve.
Vale lembrar que no mesmo período o presidente Lula declarou que teve "uma conversa séria com a administração da Petrobras" sobre a decisão e quenão atenderia "à choradeira do mercado".
💰 Para garantir a formação de maioria, Haddad teria discutido previamente o assunto com Prates. O CEO teria indicado que o plano de investimentos da companhia não seria totalmente executado, o que resultaria em um excedente de caixa. O cenário foi suficiente para que os ministros cedessem a aprovação dos proventos.
Em resposta à época da divulgação de não pagamento dos proventos, a Petrobras informou que possui uma reserva de recursos destinada unicamente à remuneração dos acionistas.
Estes recursos, portanto, devem ser distribuídos como dividendos em algum momento futuro. No entanto, o governo de Lula busca assegurar também os investimentos da estatal.
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
Se ingressarem nos cofres do governo, os recursos contribuirão para compensar frustrações de receitas.