Margem Equatorial: ‘Novo pré-sal’ pode render R$ 419 bi ao PIB, diz Petrobras (PETR4)
Estudo aponta potencial de 700 mil barris por dia e geração de 2,1 milhões de empregos diretos na nova fronteira do petróleo.
A Petrobras (PETR4) entregou dados fortes de produção no terceiro trimestre de 2025, renovando a expectativa do mercado pelos resultados e, sobretudo, pelos dividendos do período.
Pelos cálculos dos analistas, a estatal deve pagar mais de US$ 2 bilhões em dividendos com base no lucro do trimestre. O provento trimestral pode chegar, portanto, a até R$ 1,02 por ação, de acordo com as projeções.
⛽ A produção de petróleo da Petrobras subiu 18,4% no terceiro trimestre de 2025, chegando a 2,52 milhões de barris por dia.
De acordo com a estatal, a alta se explica pelo avanço operacional de novas plataformas de petróleo, pela maior eficiência operacional nas Bacias de Campos e Santos e também pelo menor volume de perdas por paradas e manutenções.
O trimestre ainda teve recordes na produção do pré-sal e nas exportações de petróleo, um aumento de 5,3% das vendas de derivados de petróleo no mercado doméstico.
Veja aqui os detalhes do relatório de produção e vendas da Petrobras no terceiro trimestre de 2025
Na avaliação do mercado, a Petrobras apresentou dados fortes de produção, que devem garantir um resultado robusto e dividendos generosos no terceiro trimestre.
💰 A Ativa Investimentos é a mais otimista. A casa projeta um dividendo de R$ 1,02 por ação, o que representa um DY (Dividend Yield) de 3,4% no trimestre.
XP, BTG e Santander, por sua vez, esperam que a estatal pague US$ 2,2 bilhões em dividendos no trimestre, o que corresponde a cerca de R$ 0,90 por ação e a um DY de até 3%.
O valor exato a ser pago pela Petrobras será revelado no próximo dia 6 de novembro, após o fechamento do mercado, junto com o balanço do terceiro trimestre.
Pelos cálculos do mercado, o balanço deve mostrar um crescimento de dois dígitos do Ebitda da Petrobras, na comparação com o trimestre anterior.
💲 Os analistas projetam um Ebitda de até US$ 11,6 bilhões para a companhia no trimestre, devido ao aumento na produção e nas vendas, além de uma maior diferença entre o preço do petróleo bruto e o preço dos produtos refinados.
Já as projeções para o lucro líquido variam de US$ 4,4 bilhões a US$ 5 bilhões. A cifra pode recuar em relação aos trimestres anteriores, na esteira da queda dos preços internacionais do petróleo.
O recuo nos preços do petróleo, por sinal, fez a XP cortar o preço-alvo para as ações da Petrobras no final de 2026, de R$ 47 para R$ 37.
Ainda assim, a XP manteve a recomendação de compra para o papel, devido à expectativa de "rendimentos de dividendos atraentes de cerca de 11% em 2026 e 2027".
Com os preços do petróleo em baixa e os investimentos em alta, os analistas lembram que os investidores também devem ficar atentos ao próximo plano de negócios da Petrobras, que trará metas de produção, investimentos e dividendos para o período entre 2026 e 2030.
🔎 Previsto para novembro, o plano será fundamental para avaliar as perspectivas de geração de caixa e retorno aos acionistas da Petrobras diante desse cenário. Não à toa, o Santander mantém uma postura neutra em relação às ações da estatal até lá.
"Em nossa opinião, otimizações de capex/opex continuam sendo necessárias para que a Petrobras equilibre sua geração de fluxo de caixa livre com dividendos ordinários, e a administração fornecerá mais detalhes sobre este tópico após a divulgação de seu plano estratégico 2026-30", explicou o banco.
A expectativa do mercado é de que a estatal ajuste gastos e investimentos para lidar com os preços mais baixos do petróleo. Contudo, como mostrou o Investidor10, o governo federal quer investimentos fortes em 2026, ano eleitoral. Por isso, há tanta expectativa pelo próximo plano de negócios da empresa.
Entenda aqui o impasse em torno do próximo plano de negócios da Petrobras
Estudo aponta potencial de 700 mil barris por dia e geração de 2,1 milhões de empregos diretos na nova fronteira do petróleo.
O projeto já recebeu o aval da diretoria executiva e será submetido ao Conselho de Administração.