Petrobras (PETR4) descarta Raízen (RAIZ4) e deve focar no etanol de milho
Na noite desta segunda-feira (18), a Petrobras negou ter qualquer estudo ou projeto relacionado à Raízen, seja no setor de etanol ou de distribuição.
💰 A Petrobras (PETR4) anunciou na última quinta-feira (3), um pacote de investimentos que ultrapassa R$ 33 bilhões no estado do Rio de Janeiro.
Os recursos serão aplicados até 2029 em projetos nas áreas de refino, petroquímica, logística de gás natural e energia.
A iniciativa deve gerar cerca de 38 mil empregos diretos e indiretos, com potencial de ultrapassar 100 mil considerando serviços de manutenção.
O montante abrange a interligação de diversos empreendimentos: a Rota 3 (escoamento de gás natural da Bacia de Santos), o Complexo de Energias Boaventura (antigo Comperj), a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e a unidade da Braskem também em Duque de Caxias.
O objetivo é fortalecer a cadeia produtiva de energia e reduzir a dependência de importações.
Com R$ 26 bilhões alocados, a integração entre a Reduc e o Complexo Boaventura lidera os investimentos.
A refinaria ampliará a produção de Diesel S10 em 76 mil barris por dia (bpd), além de aumentar a produção de querosene de aviação (20 mil bpd) e lubrificantes (12 mil bpd), com uso de petróleo do pré-sal.
A Petrobras também iniciará testes com combustíveis sustentáveis, como o diesel R7 e R10, com conteúdo renovável de até 10%, já autorizados pela ANP.
Está prevista ainda uma parada programada de manutenção que envolverá 18 mil trabalhadores e custará R$ 2,4 bilhões.
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A unidade da Braskem em Duque de Caxias vai receber R$ 4,3 bilhões em investimentos, com objetivo de ampliar a capacidade de produção de polietileno em 230 mil toneladas anuais.
A obra, prevista para ser concluída em 2028, deve gerar 7,5 mil empregos. Parte do projeto ainda precisa de aprovação da governança interna da companhia.
Estudos também estão em andamento para a produção de ácido acético e monoetileno glicol no Complexo Boaventura, utilizados em tintas e plástico PET. A meta é reduzir a necessidade de importação desses insumos.
💲 O plano inclui a construção de três usinas termelétricas de 400 MW cada, duas no Complexo Boaventura, conectadas à Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN).
Na Reduc, uma termelétrica dos anos 1960 será renovada com investimento de R$ 860 milhões, criando 640 postos de trabalho.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que os investimentos são um marco para o estado. “Estamos falando de um megaprojeto para o estado do Rio de Janeiro. É um esforço para agregar valor, emprego e renda”, disse.
Segundo a empresa, todos os projetos estão dentro do cronograma e avançam sem entraves regulatórios.
Na noite desta segunda-feira (18), a Petrobras negou ter qualquer estudo ou projeto relacionado à Raízen, seja no setor de etanol ou de distribuição.
A afirmação foi feita pela presidente da estatal, Magda Chambriard, nesta segunda-feira (18), em entrevista à agência Eixos.