Petrobras (PETR4) e Ibama marcam data para simulação na Foz do Amazonas

O exercício de simulação terá duração estimada de três a quatro dias e servirá para testar a capacidade de resposta das equipes.

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Publicado em 12/08/2025 às 19:00h - Atualizado 1 hora atrás Publicado em 12/08/2025 às 19:00h Atualizado 1 hora atrás por Matheus Silva
O Ibama será o responsável por anunciar oficialmente o cronograma (Imagem: Shutterstock)

🚨 A Petrobras (PETR4) está cada vez mais próxima de obter a autorização para perfurar um poço exploratório em águas ultraprofundas na Bacia da Foz do Rio Amazonas, no Amapá.

A diretora executiva de Exploração e Produção da companhia, Sylvia Anjos, confirmou nesta terça-feira (12), que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já definiu a data para a realização de um simulado obrigatório na região — etapa considerada decisiva para a conclusão do processo de licenciamento.

Segundo Anjos, o Ibama será o responsável por anunciar oficialmente o cronograma. O exercício de simulação terá duração estimada de três a quatro dias e servirá para testar a capacidade de resposta das equipes em caso de acidente com vazamento de petróleo.

Última etapa antes da decisão

O simulado é visto como o último requisito técnico antes da decisão final do órgão ambiental sobre liberar ou não as operações exploratórias na área.

A região é considerada pela indústria como uma nova fronteira promissora para reservas de petróleo, mas também carrega um alto grau de complexidade e sensibilidade socioambiental, o que exige protocolos rigorosos.

O projeto tem enfrentado resistência de organizações ambientais e questionamentos sobre o impacto na biodiversidade e nas comunidades costeiras. Ainda assim, a Petrobras reforça que todas as exigências técnicas e legais estão sendo atendidas.

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Leilão movimenta grandes petroleiras

O anúncio do avanço no processo de licenciamento coincidiu com a conclusão de um leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado nesta terça-feira (12).

No certame, Petrobras, ExxonMobil, Chevron e CNPC arremataram 19 dos 47 blocos exploratórios ofertados na Bacia da Foz do Amazonas. O bônus de assinatura total somou R$ 844 milhões para os cofres públicos.

A presença de grandes players internacionais, mesmo diante de desafios ambientais e incertezas regulatórias, foi vista pelo mercado como um sinal de confiança no potencial econômico da região.

Expectativas para o futuro da exploração

Para a Petrobras, a realização do simulado representa um avanço estratégico, aumentando a atratividade da área para investimentos e consolidando o interesse global pela nova fronteira exploratória.

💲 Caso o licenciamento seja aprovado, a perfuração poderá abrir caminho para uma nova fase de desenvolvimento do setor de petróleo no norte do Brasil, ampliando a relevância da Bacia da Foz do Amazonas no mapa energético nacional.