O que esperar para o 2º semestre de 2024? Confira as ações indicadas pelos analistas

O primeiro semestre de 2024 foi marcado por intensos desafios para o Ibovespa, que registrou a maior queda desde 2020.

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Publicado em 01/07/2024 às 16:49h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 01/07/2024 às 16:49h Atualizado 1 dia atrás por Matheus Rodrigues
O segundo semestre de 2024 traz tanto desafios quanto oportunidades para o Ibovespa.

📈 O primeiro semestre de 2024 foi marcado por intensos desafios para o Ibovespa, que registrou a maior queda desde 2020, encerrando o período com uma baixa de 7,7%.

Essa retração foi impulsionada por uma combinação de fatores, incluindo um cenário macroeconômico externo volátil, incertezas fiscais domésticas e interferências governamentais nas empresas.

Em termos de performance global, o índice brasileiro sofreu uma queda expressiva de 19,5% em dólares, a pior entre os desempenhos globais.

A XP Investimentos destacou que essa queda foi ocasionada por uma série de fatores:

  • o mercado reprecificou as expectativas de cortes de taxas pelo Federal Reserve, que passou de sete cortes previstos em janeiro para um ou dois atualmente;
  • a falta de clareza sobre a política fiscal brasileira aumentou a aversão ao risco entre os investidores; e
  • a maior intervenção do governo nas empresas criou um ambiente de negócios instável.

Além disso, houve um recorde de R$ 40,7 bilhões em fluxo de saída de investidores estrangeiros da Bolsa, refletindo a desconfiança em relação ao mercado emergente brasileiro.

Apesar dos desafios enfrentados no primeiro semestre, analistas de mercado identificam catalisadores potenciais que podem impulsionar o Ibovespa nos próximos meses.

A combinação de valuations atrativos e a possibilidade de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve são alguns dos fatores que podem reverter a tendência negativa.

📊 A XP e o JPMorgan são algumas das casas que mantêm projeções otimistas para o índice, com alvos de 145 mil e 135 mil pontos, respectivamente, até o final do ano.

Essas previsões são fundamentadas na expectativa de que o mercado encontre os estímulos necessários para destravar o valor das ações brasileiras, que estão atualmente subvalorizadas.

Entre as empresas exportadoras e aquelas com receitas em dólares, destacam-se Suzano (SUZB3), Vale (VALE3), PetroRio (PRIO3), Embraer (EMBR3) e BRF (BRFS3).

Além das empresas exportadoras, analistas também destacam ações com valuations atrativos e forte potencial de geração de lucros como o Itaú (ITUB4), Santos Brasil (STBP3), Natura (NTCO3), Marcopolo (POMO4), Energisa (ENGI11) e Arcos Dorados.

Os grandes bancos internacionais também traçam estratégias específicas para o mercado brasileiro.

O JPMorgan mantém uma recomendação overweight para o Brasil, destacando a atratividade das ações brasileiras, apesar dos desafios.

A estratégia inclui focar em empresas exportadoras e aquelas com forte geração de lucros. Por outro lado, o Morgan Stanley está aumentando a exposição ao risco no Brasil, vendo o país como desvalorizado no mercado acionário e acreditando que cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve poderiam impulsionar o Ibovespa.

No entanto, a visão otimista do banco depende de melhorias na política fiscal doméstica.

💲 O segundo semestre de 2024 traz tanto desafios quanto oportunidades para o Ibovespa.

Empresas exportadoras e aquelas com fortes fundamentos e valuations atrativos são apontadas como as principais oportunidades pelos analistas, enquanto investidores aguardam sinais mais claros sobre a política fiscal e monetária.