Natura (NTCO3) convoca acionistas para votar incorporação após prejuízo de R$ 8,9 bi
Se aprovada, essa mudança significará o fim da holding como entidade separada, com a promessa de simplificação da estrutura societária.
🗳️ Os acionistas da Natura &Co Holding (NTCO3), listada na bolsa de valores brasileira, precisarão decidir se aprovam a incorporação da empresa pela sua subsidiária integral, a Natura Cosméticos S.A., conforme comunicado divulgado nesta quinta-feira (20).
Isso porque o Conselho de Administração da companhia busca preparar a governança corporativa da empresa brasileira de cosméticos para sua nova fase, com maior foco nos negócios da América Latina e no crescimento da marca Natura. Ou seja, caso os acionistas da NTCO3 aprovem a mudança, a Natura Cosméticos S.A. se tornaria novamente a holding operacional do grupo.
Vale destacar também que a NTCO3 continua explorando alternativas estratégicas para a Avon Internacional, que incluem uma potencial venda, assim como outras opções estratégicas. O plano de recuperação, que está sendo liderado por Kristof Neirynck, CEO da Avon, continua sendo implementado.
💄 No caso, a empresa pretende submeter a proposta da incorporação aos seus acionistas para deliberação juntamente com a convocação da assembleia-geral ordinária anual, agendada para 25 de março de 2025 e a ser realizada em 25 de abril de 2025.
"Além de melhor, alinhar a governança com as prioridades do negócio, a incorporação resultará em uma estrutura mais eficiente e deve destravar valor para seus acionistas, especialmente ao viabilizar uma futura distribuição dos lucros da Natura Cosméticos S.A.", destacam Guilherme Castelllan, diretor financeiro da NTCO3, e João Paulo Brotto, CEO da Natura Cosméticos S.A.
Os executivos também atestam que a incorporação proposta não interfere nas estratégias das unidades de negócio. Dessa forma, a América Latina mantém-se o plano de integração das marcas (Onda 2), cuja conclusão é prevista para 2025.
Caso aprovada, a incorporação estará sujeita à aprovação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para a conversão da Natura Cosméticos S.A. (atualmente empresa categoria “B” na CVM) para companhia categoria “A”, bem como sua listagem no Novo Mercado da B3 (B3SA3).
➡️ Leia mais: Selic a 14,25%: Quais ações brasileiras superam a renda fixa?
Fábio Barbosa, atual CEO e membro do Conselho de Administração da NTCO3, após liderar a transição iniciada em 2022, deixará a função executiva e será nomeado Presidente do Conselho de Administração da Natura Cosméticos S.A.
A sucessão na liderança do Conselho de Administração é apoiada pelos fundadores e acionistas controladores, que permanecerão no Conselho como membros e continuarão a contribuir para seu sucesso.
👥 João Paulo Ferreira continuará como CEO da Natura Cosméticos S.A. e assumirá assento no novo Conselho de Administração. Silvia Vilas Boas permanecerá como diretora financeira da Natura Cosméticos S.A. e, a partir de 25 de abril, assumirá também a função de diretora de relações com investidores.
Guilherme Castellan, atual diretor financeiro e de relações com investidores da NTCO3, decidiu deixar a Natura para assumir novos desafios profissionais. Sua transição vem sendo planejada há meses, e ele auxiliará João Paulo Ferreria e Silvia Vilas Boas com a transição até 12 de maio de 2025.
Guilherme Castellan fechaum ciclo de contribuições significativas para a Natura, especialmente na melhoria da estrutura de capital e simplificação das operações do grupo.
🔎 Após a incorporação, o grupo será liderado pelo Conselho de Administração da Natura Cosméticos S.A., que continua contando com a presença dos fundadores (Luiz Seabra, Guilherme Leal e Pedro Passos), Fábio Barbosa, Bruno Rocha, Duda Kertesz e Gilberto Mifano.
Além deles, o conselho também contará com um novo conselheiro independente, Alessandro Carlucci, que atuou como CEO da Natura Cosméticos S.A. no passado e o João Paulo Ferrerira.
Carla Schmitzberger, após um ciclo de contribuições importantes para a Natura, iniciado em 2016, deixará o Conselho de Administração após a Incorporação. A Companhia agradece a Guilherme Castellan e Carla Schmitzberger pela contribuição e dedicação à Natura
Se aprovada, essa mudança significará o fim da holding como entidade separada, com a promessa de simplificação da estrutura societária.
O banco acredita que a queda de 30% nas ações não seja justificável neste momento.