🚀 Parece até estanho que não seja o Bitcoin (BTC) a classe de investimento que mais se valorizou em janeiro de 2025, embora a maior criptomoeda do mundo continua sendo negociada acima dos US$ 102 mil nesta sexta-feira (31).
Se nos últimos meses o chamado ouro digital foi o grande vencedor dos mercados, dessa vez foi o velho metal dourado físico que brilhou literalmente também em termos financeiros, acumulando ganhos de +7,02% nos últimos 31 dias, conforme estudo elaborado por Einar Rivero, CEO da Elos Ayta.
Isso porque o ouro confirmou o seu papel como ativo de proteção em momentos de volatilidade, na visão do consultor financeiro, considerando que o mês foi marcado pela posse do presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
🗣️ Apesar do republicano ter se tornado um entusiasta das criptomoedas desde a sua campanha nas eleições americanas, Trump ainda não implementou grandes benefícios à indústria cripto, além de não ter feito menção ao Bitcoin durante seu discurso de volta à Casa Branca.
Na verdade, a movimentação vista no mercado de ativos digitais durante a semana de posse do republicano foi o lançamento de moedas baseadas em memes, as chamadas memecoins, tanto de Trump ($TRUMP), quanto de sua esposa Melania ($MELANIA).
Embora, na época, tais altcoins altamente arriscadas tivessem rapidamente angariado bilhões de dólares em valor de mercados, chegando a figurar entre as 20 maiores criptos do mundo capitalização, atualmente ambos os ativos acumulam prejuízos de −68% e de −86%, respectivamente, desde suas máximas nos dias 19 e 20 de janeiro.
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No acumulado dos últimos 12 meses, o Bitcoin segue como a classe de investimento de maior rentabilidade, com impressionantes +184,09%, evidenciando o crescente apetite por ativos digitais, segundo Rivero. Só que falando do desempenho de janeiro de 2025, a criptomoeda avançou apenas +1,73%.
O Ibovespa, que concentra as ações brasileiras mais negociadas, teve uma valorização de +4,86% no mesmo período, e até o índice de Small Caps, que traz o desempenho médio das companhias nacionais de menor valor de mercado e com maior potencial de crescimento, deslanchou +6,11%.
🎯 Para Rivero, tanto a recuperação do Ibovespa quanto do índice Small Caps em janeiro destaca a relação inversa entre o desempenho da moeda norte-americana e o mercado acionário brasileiro.
"Historicamente, um dólar mais fraco tende a beneficiar a renda variável, sobretudo em países emergentes, ao aliviar a pressão sobre os custos de importação e reduzir o impacto de fatores externos, como a saída de capital estrangeiro", afirma o especialista.
Além do cenário positivo para a renda variável, sobretudo o ouro, é interessante observar a resiliência da renda fixa em 2025.
O indexador CDI, que acompanha de pertinho a rentabilidade da taxa Selic, acumulou 10,87% em 12 meses, mantendo-se como uma alternativa conservadora e atrativa em um ambiente de juros elevados, subindo 0,96% no mês que se encerrou.
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