A Petrobras (PETR4) não tem medido esforços para obter a licença de exploração da Margem Equatorial. Por isso, deve responder em breve os questionamentos realizados pelo Ibama sobre a Foz do Amazonas. Foi o que disse a diretora de Assuntos Corporativos da estatal, Clarice Coppeti, nesta sexta-feira (8).
🗣️ Questionada sobre o assunto na apresentação dos resultados do terceiro trimestre, Copetti disse que não considera o último posicionamento do Ibama como uma negativa da licença de exploração da Foz do Amazonas. "O que foi houve foi um conjunto de questionamentos da equipe técnica sobre a proposta que apresentamos em agosto", afirmou.
A diretora contou, então, que a estatal está trabalhando nas perguntas feitas pelo Ibama e deve responder o órgão ainda neste mês de novembro. "A Petrobras não tem medido esforços para levar ao Ibama, cada vez com mais segurança, que tem condições de obter essa licença e fazer, após a obtenção da licença, a avaliação pré-operacional. Estamos prontos para isso", declarou.
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Ela lembrou que, na sua última proposta, a Petrobras propôs a construção de uma base de proteção à fauna na cidade de Oiapoque (AP). Técnicos do Ibama, no entanto, avaliaram que a estatal ainda não apresentou uma "alternativa viável que mitigue, satisfatoriamente, a perda de biodiversidade, no caso de um acidente com vazamento de óleo".
Diante desse impasse, o Ibama pediu, no final de outubro, mais esclarecimentos e dados sobre o plano de proteção à fauna local da Petrobras Só depois que essas informações forem apresentadas e avaliadas é que o órgão deve emitir a decisão final sobre a licença de exploração da Foz do Amazonas.
⛽ A bacia faz parte da Margem Equatorial, área que pode ter reservas de até 30 bilhões de barris de petróleo e gás, segundo as estimativas do governo. Por isso, a Petrobras e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendem a exploração da região.
Nesta sexta-feira (8), a diretora Executiva de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, reforçou que a área tem um "potencial gerador muito grande". Porém, ressaltou que esse potencial ainda precisa ser confirmado, por meio da perfuração do solo. "Existe um potencial enorme que temos que avaliar e só avalia perfurando. Para isso, precisamos da licença", disse.
Ela destacou que a exploração da Margem Equatorial seria importante para a Petrobras repor as suas reservas e, assim, garantir a manutenção da autossuficiência brasileira em petróleo.
A reposição é necessária porque há uma expectativa de que a produção do pré-sal entre em declínio a partir da próxima década. Por isso, além da Margem Equatorial, a Petrobras avalia novas áreas de exploração no Sul do Brasil e na África.
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
Se ingressarem nos cofres do governo, os recursos contribuirão para compensar frustrações de receitas.
